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Fecomércio avalia PIB gaúcho e defende vacinação

Arquivo/FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Produtos farmacêuticos e materiais de construção tiveram crescimento

A economia do Rio Grande do Sul manteve, no primeiro trimestre deste ano, a trajetória de alta e registrou crescimento de 4% na comparação com os últimos três meses de 2020. Os desempenhos da Agropecuária (+35,7%) e da Indústria (+3,8%), no período, puxaram o resultado positivo do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto o setor de Serviços teve variação positiva de 0,4%. O Brasil teve alta de 1,2% na mesma base de comparação entre janeiro e março. Os resultados foram divulgados em videoconferência pelo Departamento de Economia e Estatística, que vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG).

De acordo com o governador Eduardo Leite, os números mostram uma clara perspectiva de melhora, ainda que haja muito a ser superado. Na Indústria, o segmento com a maior taxa de crescimento foi o de Eletricidade e gás, água e limpeza urbana (11,1%), seguido da Indústria de transformação (+4,7%) - a mais representativa do Rio Grande do Sul - e da Indústria extrativa mineral (+1,4%). Nos Serviços, cinco das sete atividades registraram alta, com destaque para o segmento de Intermediação financeira e seguros (+3%), Serviços de informação (+1,7%) e Outros serviços (+0,6%).

Quando a base de comparação é o mesmo período de 2020, a alta na economia do Estado no primeiro trimestre chega a 5,5%, desempenho superior ao registrado no país (+1%). "É um resultado bastante positivo, mas cabe ressaltar que ainda há muito caminho a ser percorrido. Os números do Estado demonstram uma recuperação significativa e um patamar próximo ao período pré-pandemia. A expectativa é que sigamos crescendo, o PIB do segundo trimestre deve confirmar isso", destacou o titular da SPGG, Cláudio Gastal.

"Em 2020 tivemos o impacto da estiagem no primeiro trimestre e, a partir de março, a pandemia afetou todos os setores de forma muito intensa. A sequência de três altas seguidas do PIB na comparação com os trimestres anteriores demonstra uma tendência de recuperação efetiva da atividade econômica no Rio Grande do Sul", afirma a pesquisadora do DEE/SPGG e coordenadora da Divisão de Análise Econômica, Vanessa Sulzbach.

Já a Fecomércio, por meio de nota, esclareceu que a grande variação do PIB gaúcho é explicada pela base bastante deprimida em 2020. "Diferentemente do que ocorreu no Brasil, em que apenas em março de 2020 foram sentidos os primeiros efeitos das restrições à atividade econômica em virtude da pandemia, no RS todo o primeiro trimestre do ano foi marcado pelos efeitos da forte estiagem que derrubou PIB agropecuário. Como o PIB desse setor apresenta importância relativa maior na economia do Estado que do país, os efeitos foram ainda mais significativos", defendeu a entidade.

"O resultado do primeiro trimestre veio forte, mas não surpreendeu. A alta safra de 2021 e a base de comparação deprimida em 2020 em virtude da seca mostram que o 'efeito São Pedro' continua muito relevante para determinar a dinâmica do PIB gaúcho", enfatizou a federação.

Materiais de construção e farmacêuticos lideram

Na comparação com o mesmo trimestre de 2020, a recuperação da Agropecuária, que sofreu com os impactos da forte estiagem no começo do ano passado, está entre os destaques. O setor apresentou variação positiva de 42,2%, fruto do aumento da produção nas culturas de soja (+74%), uva (+29,2%), fumo (+20,6%) e milho (+5,2%). Entre as principais culturas agrícolas do Estado, o arroz apresentou resultado semelhante ao do ano anterior (-0,8%).

"A agropecuária teve extensa contribuição para o aumento frente ao mesmo período do ano anterior ao apresentar crescimento de 42,2%. Esse resultado reflete tanto a base deprimida quanto a excelente safra de 2021", sustentou a Fecomércio.

Na Indústria, a alta em relação a igual período de 2020 foi de 10,5%, acima do avanço de 3% no Brasil. Entre as atividades do setor, o principal ganho foi na Indústria de transformação (+15,3%), que teve nos segmentos de Máquinas e equipamentos (+55,9%), Produtos de metal (+33,8%), Produtos do fumo (+29,5%) e Móveis (+22,5%) os percentuais de alta mais elevados. Ainda na Indústria de transformação, as atividades ligadas aos Produtos derivados de petróleo (-6,7%), Veículos automotores (-5,2%) e Produtos alimentícios (-1,3%) tiveram desempenho negativo.

O setor de Serviços foi o único a registrar queda na comparação com os três primeiros meses do ano passado (-2,4%), abaixo do resultado nacional (-0,8%). Os desempenhos de Outros serviços (-5,9%) e do Comércio (-2%) puxaram a baixa, enquanto os Serviços de informação (+2,9%), as Atividades imobiliárias (+1,8%) e Intermediação financeira e seguros (+1,6%) minimizaram a queda geral.

Considerando apenas o Comércio, duas das 10 atividades apresentaram crescimento: Material de construção (+24,3%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (18,8%). Os demais segmentos registraram queda, entre eles o de Hipermercados e supermercados (-6,9%), Combustíveis e lubrificantes (-22,3%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-51,1%) e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-33,7%). "Os dados mostram que a atividade econômica já opera em nível superior ao período pré-pandemia no RS, mas os dados também revelam uma recuperação bastante heterogênea, com o setor de serviços apresentando dificuldades de assumir uma trajetória de retomada", pontua a Fecomércio.

No acumulado em quatro trimestres, o PIB do Rio Grande do Sul registrou variação de -4,9%, abaixo do desempenho do país (-3,8%). No quarto trimestre de 2020, o resultado acumulado no Estado era de -7%. "Essas dificuldades devem persistir enquanto o consumo das famílias continuar sendo afligido pela redução da renda em virtude do mercado de trabalho ainda enfraquecido e pela inflação em alta, especialmente de alimentos, e o receio de contaminação com o vírus continuar modificando hábitos de consumo dos indivíduos. Nesse sentido, a vacinação continua figurando como o elemento de maior relevância para a retomada do setor, o maior empregador entre as atividades econômicas", conclui a nota.


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