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Júri

Trio é condenado a 22 anos por crime no Castro Alves

Luciano Madeira imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Os três negaram participação no crime

Aconteceu ontem o último júri de 2022, onde os réus Daniel Leandro Machado Moraes, de 23 anos, Darley de Azevedo, também de 23, e Mateus Artigas Silva, de 22, foram condenados a 22 anos e oito meses de prisão em regime fechado pela morte de Wesley Ribeiro Silva e pela tentativa de homicídio contra Leandro de Ferreira Silva.


Depoimentos

O primeiro a ser ouvido foi Leandro de Ferreira Silva, vítima de tentativa de homicídio. Ele relatou que, naquele domingo, tinha ido votar porque era o segundo turno das eleições presidenciais e que, ao chegar em casa, foi até uma padaria. Foi quando parou um carro ao seu lado e dois homens desceram do veículo falando que eram da polícia. "Mandaram eu e o Wesley deitar de bruços no chão e esses homens começaram a dar os tiros", afirmou. Esses tiros mataram Wesley Ribeiro da Silva na hora. "Aí eu achei que os homens já tinham ido embora e, quando levantei a cabeça, levei dois tiros, um na região do ouvido esquerdo e outro no braço esquerdo", acrescentou. "Nunca tinha visto aquelas pessoas. Eu estava no lugar e na hora errada", afirmou a vítima.


Um policial civil afirmou que, naquela noite, o setor de investigação da 1ª delegacia da Polícia Civil foi avisado que havia acontecido um homicídio no bairro Castro Alves. "Mas nós não fomos até o local porque, como as vítimas foram socorridas, a cena do crime havia sido desfeita", explicou. O policial relatou que os policiais começaram a ouvir possíveis testemunhas e tentaram chegar a elucidação do crime e que, durante as investigações, uma semana depois, os suspeitos foram presos.


O réu Darley de Azevedo, natural de Novo Hamburgo, disse, em seu depoimento, que nunca pertenceu a facção Bala na Cara. "Eu não tenho nenhum envolvimento nesse crime. Quando vim para Bagé, eu roubava e traficava, mas infelizmente o tráfico gera destruição, principalmente das famílias. Eu não conhecia a vítima e, no dia do homicídio", afirmou.


O réu Mateus Artigas Silva disse que não teve nenhuma participação. "Não entendi até agora porque estão me acusando. Estou até agora sem entender. Eu conhecia a pessoa que morreu de passada. Eu vi ele algumas vezes na rua", garantiu.


O último réu a ser ouvido foi Daniel Leandro Machado Moraes, que relatou que, no dia, estava em Porto Alegre. "Vim para Bagé em novembro para realizar um assalto. Não conhecia a vítima, nunca pertenci a nenhuma facção criminosa", enfatizou. Ao ser questionado pela juíza Naira Melkis Pereira Caminha se conhecia os outros dois réus, Moraes disse que conheceu na cadeia. "Mas não tenho nenhum envolvimento nessa morte. Eu vim para Bagé apenas realizar assaltos", respondeu. Após ler a sentença, a juíza Naira Melkis Pereira Caminha, que presidiu o júri, negou o direito dos réus de recorrerem em liberdade porque eles esperaram o julgamento presos.

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