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Reitoria vira caso de polícia

Arquivo/FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -

Na tarde de ontem, dois funcionários do Centro Universitário da Região da Campanha (Urcamp) foram até a Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento e registraram uma ocorrência contra a reitora da instituição, a professora Lia Maria Herzer Quintana. Na ocorrência policial, os dois relataram que fazem parte da equipe de transição da reitoria eleita para o próximo exercício e que, na tarde de ontem, tinham uma reunião agendada com o responsável pela assessoria de comunicação e marketing da atual gestão. Foi quando a reitora Lia Quintana entrou na sala de tal encontro e disse para um dos funcionários, que é jornalista: "Tu some daqui. Tu vem aqui dia primeiro". Em registro, o jornalista garantiu que Lia o segurou pela camiseta e o expulsou da sala, arrastando o trabalhador pela roupa e rasgando sua camiseta.

Ele afirmou, ainda, que ela pegou a mochila dele e ameaçou jogar os pertences pelas escadas. Inclusive, teria pegado o notebook da vítima e que apenas devolveu o item quando o jornalista disse que o equipamento era dele e não da Urcamp. Também no registro, consta que, em seguida, entrou no local o outro funcionário, que é professor. Foi quando a reitora teria dito: "Tu desce agora. Sai daqui". Ela teria agarrado o professor pelos cabelos e o sacudido quando ele já estava na escadaria. A reitora ainda teria esbravejado: "Tu vai apreender a ter respeito". O professor afirmou que a reitora o sacudia pelos cabelos, o que fez com que ele se desequilibrasse.

A reportagem entrou em contato com a vítima que é professor. Ele destacou que tem 55 anos e há 29 trabalha na Urcamp, e que, nesse tempo, nunca havia acontecido algo parecido. "Nós tínhamos uma reunião na assessoria de comunicação e fomos avisados pelo responsável que ele ia dar uma saidinha porque estava sendo chamado pela professora Lia. Nesse momento, eu fui ao banheiro e, quando voltei, estava aquela gritaria e ela estava xingando o meu colega", relatou. "Eu fiquei olhando. Ela disse para eu sair, mandou eu ir embora. Passei por ela com os braços abertos e, quando estava descendo, as escadas, ela me pegou pela nuca, pelo meu cabelo, e começou a me sacudir. Eu não sei quais eram as reais intenções dela, além de querer me machucar", acrescentou.

O professor garantiu à reportagem que ainda está muito abalado com o que aconteceu. "Eu já fui conversar com o meu advogado e vamos ver quais as medidas iremos tomar", garantiu.


Contraponto

O jornal Folha do Sul também ouviu a reitora Lia Maria Herzer Quintana: ela rebateu que é difícil uma mulher de 62 anos agredir dois homens. "Eu devo ter superpoderes e fico até muito preocupada com tudo isso", enfatizou. Ao ser questionada se as agressões das quais está sendo acusada - inclusive, em registro policial -, aconteceram, ela lembrou que, pela sua idade, está amparada pelo Estatuto do Idoso. A reportagem também tentou contato por telefone com o jornalista que registrou as agressões ao lado do professor, porém, não obteve êxito. 

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