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Réu permanece calado e é condenado a mais de 12 anos

Luciano Madeira imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -

Aconteceu, ontem, o julgamento de Fabricio Ilha de Oliveira, de 27 anos, que era acusado de ter tentado matar, no dia 28 de janeiro de 2018, Dion Pablo Gomes Freitas. Isso com disparos de arma de fogo: um dos tiros acertou o pescoço de Freitas, que ficou tetraplégico. O autor foi condenado a 12 anos e 4 meses meses em regime fechado, sem o direito de recorrer em liberdade.

A vítima - acamada - foi ouvida de forma on-line, e relatou que, naquela noite, estava em casa, e saiu para fazer um lanche. Ele lembrou que encontrou alguns amigos, que o convidaram para ir a uma festa, que estava acontecendo perto da sua casa.

Segundo Freitas, ele e um grupo de amigos estavam no pátio e, nesse momento, passaram duas mulheres, que foram até o banheiro. "Quando retornaram, elas pararam para conversar conosco. E eu perguntei o nome. Foi quando o réu apareceu empurrando todo mundo e começou a nos ofender. As mulheres saíram dali e eu fiquei quieto. Não dei assunto", lembrou. "Eu estava ali matando tempo, porque eu iria para a festa de uma formatura. Fiquei um pouco e, quando eu saí da festa e estava atravessando a rua, para o lado que tinha mais claridade, ele apareceu e apontou o revólver para a minha cara. Eu ainda tentei me avançar nele para não ser atingido no rosto. Foi quando ele atirou. Quando a bala me acertou, eu já cai desmaiado", completou.

A vítima disse que ficou um mês internado na Unidade de Tratamento Intensivo no hospital de Pelotas. "O resultado do tiro é que hoje sou uma pessoa acamada e tetraplégica. A minha vida mudou. Eu quase morri nos dois primeiros anos. Eu não consigo me alimentar com as minhas mãos. Sempre fui uma pessoa trabalhadora. Eu trabalhava e, depois desse fato, a minha vida mudou. Se eu soubesse que ele estava armado, eu não tinha saído da festa. Eu teria avisado a polícia. Eu não tenho peito de aço", disse a vítima.

Após a juíza Naira Melkis Pereira Caminha ler a denúncia, a magistrada disse para Fabricio Ilha de Oliveira que ele tinha o direito constitucional de permanecer calado ou ele poderia falar sobre o que tinha acontecido. O réu disse que iria permanecer calado.

No final da réplica, o promotor Cláudio Rafael Morosin chorou, tirou a beca e afirmou que, se o réu fosse condenado, ele a daria para a vítima como símbolo de que a justiça havia sido feita.

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