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Condenado

Réu diz que agiu em legítima defesa

Luciano Madeira imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Crime aconteceu em agosto de 2019

Aconteceu, ontem, o julgamento de Patrick Meneses Vasconcellos, de 28 anos, que era acusado de, no dia 24 de agosto de 2019, por volta das 4h30min, ter tentado matar a tiros a vítima Rafael Fernandes Fernandez, de 39 anos. Isso na avenida Presidente Vargas. Vasconcellos foi condenado a 12 anos e quatro meses em regime fechado. Porém, como aguardou o julgamento em liberdade, também poderá recorrer em liberdade. 

 

Passavam das 14h quando a vítima sentou na frente da juíza Naira Melkis Pereira Caminha, que presidia os trabalhos e disse que, por ele ser, não tinha o compromisso de dizer a verdade. 

 

Fernandez pediu para falar sem a presença do réu e relatou que, naquela madrugada, estava em um comércio de bebidas, tomando cerveja acompanhado de seu irmão e de dois amigos, quando o réu chegou com uma moça. 

 

"Eu e os meus amigos já estávamos indo embora quando vi Vasconcellos vindo na nossa direção armado de um revólver. Quando ele deu o primeiro tiro, eu levei o braço para me defender e parti para cima dele. Foi quando ele deu mais três tiros", afirmou. Um pegou de raspão na mão, outro atingiu o fígado e o quarto perfurou o pulmão. 

  

Ao ser questionado, tanto pelo promotor como pelo advogado de defesa, se ele conhecia o réu, Fernandez falou que nunca tinha visto Vasconcellos e, até hoje, não sabe o motivo pelo qual levou os tiros. "Eu fui socorrido por uma ambulância do Serviço Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e fiquei uma semana hospitalizado", lembrou. 

 

Um policial militar, em seu depoimento, disse que estava de serviço quando a equipe foi informada pelo rádio que um homem havia atirado em uma pessoa na Presidente Varga. "Nos repassaram as características do carro que o suspeito dirigia e, quando ele foi abordado, a duas quadras do local onde havia atirado na vítima,  e o carro revistado, foi encontrado um revólver", relatou. O policial acrescentou que, ao ser questionado sobre a arma, o réu disse que tinha efetuado os disparos. "Aí ele recebeu voz de prisão em fragrante e foi levado para a Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento", concluiu. 

 

Versão da defesa 

O réu disse que estava com a namorada no centro e queria ir ao banheiro. "Então, fomos ali na loja de conveniência, porque emprestam o banheiro. Ela (a namorada) desceu do carro e entrou, e eu estacionei o carro no outro lado da rua. Já passava uns 15 minutos e ela não voltava. Aí, quando eu estava indo ver o motivo da minha namorada estar demorando, vem quatro homens na minha direção e me empurram contra a parede. Um deles levou a mão na cintura como se fosse uma arma e tentou pegar meu celular. Eu, como estava armado, peguei o revólver e comecei a atirar para me defender. Eu agi em legítima defesa, mas nem sabia em quem eu estava atirando e também não sabia que tinha uma pessoa baleada", garantiu. 

 

"Depois que efetuei os disparos e fui em casa, no Prado Velho, pedi para minha mãe chamar o meu advogado. Eu recarreguei o revólver e voltei, porque eu iria entregar a arma para o advogado e foi quando fui pego pela Brigada Militar, que me algemaram e fui levado para a delegacia", disse. Ao ser perguntado pelo promotor o motivo pelo qual estava armado, o réu disse que, na época, trabalhava como motorista de aplicativo e que o bairro Prado Velho, onde mora, é perigoso e usava a arma para se defender. O advogado de defesa perguntou se ele queria matar a vítima e o réu respondeu que nunca quis matar ninguém.  


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