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Júri

Idoso se livra de acusação contra criminoso

Luciano Madeira imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Idoso enfrentou homem com extensa ficha criminal

Eram 13h45min dessa terça-feira, quando teve início o primeiro júri do ano, em Bagé. Um homem de 82 anos sentou no banco dos réus, acusado de tentar matar um rapaz de 22 anos. O fato aconteceu no dia 16 de dezembro de 2013, no bairro Castro Alves. O motivo da tentativa de homicídio, teria sido uma discussão por questão salarial.

Num júri relâmpago, pouco antes das 15h, o representante do Ministério Público pediu aos jurados a absolvição do idoso. A juíza Naira Melkis Caminha, então, leu os quesitos para os jurados que absolveram o réu.

“Teria matado esse velho”
O primeiro a ser ouvido foi a vítima. Ela relatou que, no dia que foi baleada, tinha ido até a lenheira de propriedade do réu. No local, ambos tiveram uma discussão e garantiu que o idoso efetuou o disparo. Ao ser questionado pelo promotor se ele respondia algum processo, o homem respondeu que, atualmente, está em prisão domiciliar e que responde processo pelos crimes de homicídio, roubo, violência doméstica e assalto em uma joalheria.

Perguntado pelo representante do Ministério Público se no dia em que foi baleado ele estava armado de faca, ele respondeu que não. “Até por que se eu tivesse armado, teria matado esse velho”, admitiu.

“Queria matar um”
O réu, que hoje é cadeirante e com muita dificuldade para falar por problemas de saúde, relatou que tinha, no fundo do pátio, uma peça, e como a vítima não tinha onde morar, deixou que pernoitasse nesse espaço. “Ele nunca trabalhou comigo. Ele cortava um milheiro de lenha e eu pagava. Naquela tarde, ele chegou lá bem alterado e disse que queria uma faca porque queria matar um, e me pediu dinheiro. Eu disse: não vou te dar, tu não trabalhou. Foi aí que ele, armado de faca, veio me agredir. Eu, pra me defender, dei um tiro”, recordou o idoso.

Às 14h45min, a juíza Naira Melkis Pereira Caminha disse que o representante do Ministério Público tinha o tempo de uma hora e meia para se manifestar. Ao iniciar a sua manifestação, o promotor Frederico Carlos Lang disse que, assim como ele, os jurados já tinham uma decisão formada e que, pela maneira em que a vítima e o réu se comportaram durante os depoimentos, deu para ver que o idoso sofreu uma lesão corporal.

O promotor afirmou que os laudos mostraram que o idoso teve os dedos cortados durante a briga com a vítima. “Esse é um caso difícil de julgar, porque não temos imagens de câmeras de monitoramento e até dá para dizer que o réu agiu em legitima defesa. Por esse motivo, o Ministério Público pede que os jurados o absolvam”, apelou.

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