BAGÉ WEATHER

Relato

'Não me sinto vingada', diz mãe de menina assassinada

Divulgação/Especial FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Fernanda diz que a sociedade precisa de conscientização

Na manhã dessa sexta-feira, Fernanda Vinholes, mãe de Ana Carolina, 12 anos, que foi assassinada no ano passado, conversou com a reportagem do jornal Folha do Sul. O julgamento do assassino aconteceu nessa quinta-feira, em Caçapava do Sul. Ele foi condenado a 41 anos e cinco meses de prisão.

Fernanda disse que essa foi a maior sentença da comarca de Caçapava do Sul. Ela relatou que os promotores e o advogado que atuou na acusação foram empáticos com sua dor e enalteceu o trabalho dos profissionais.

A mãe relatou que, nos últimos seis meses, ela e o grupo do qual faz parte conversaram com vereadores, deputados estaduais e federais e o governador, Eduardo Leite. "Minha pergunta sempre é: ´que é a Justiça nesse país?' Um psicopata matar uma criança e pegar 30 ou 40 anos de prisão, aí a legislação brasileira falar que o assassino pode cumprir uma parte e ir para uma prisão domiciliar, ou ir passar as festas com a família ou pior, ter a redução da pena, isso pra mim não é justiça e sim uma palhaçada, eu não me sinto vingada", desabafou.

Ao ser questionada se ela daria algum conselho para as outras mães que têm nas redondezas uma pessoa que pode ser perigosa, ela respondeu que não daria conselho - porque se ela soubesse, assim como outras, que haveria um psicopata nas proximidades, não deixaria os filhos saírem de casa.

Fernanda afirmou que estava há pouco tempo em Santana da Boa Vista e que a professora de português e a vizinha da frente lhe indicaram a costureira que era menos de uma quadra da casa. "Só esqueceram de avisar do filho usuário de drogas e pedófilo", lamenta a mãe.

Ela argumenta que o poder público fez a sua parte da melhor maneira no enfrentamento contra esse crime, mas que a sociedade precisa se conscientizar que todos precisam ajudar nessa luta.


Promotor: 'Foi um dos crimes mais cruéis que vi na minha carreira' Anterior

Promotor: 'Foi um dos crimes mais cruéis que vi na minha carreira'

Dajulia busca tratamento para pessoas com doenças autoimunes Próximo

Dajulia busca tratamento para pessoas com doenças autoimunes

Deixe seu comentário