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Saúde

Serviço de quimioterapia passa a ser administrado pela Santa Casa

Thaís Nunes imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -

Ontem foi o primeiro dia que o serviço de quimioterapia passou a ser administrado pela Santa Casa de Caridade de Bagé. O serviço, que fica na Unidade de Assistência em Alta Complexidade em Oncologia (Unacom), já está sob a administração da instituição, que garante a continuidade integral dos atendimentos oferecidos, sem prejuízo aos pacientes oncológicos.

A gestão do hospital promoveu, na tarde de ontem, uma coletiva de imprensa para esclarecer as dúvidas sobre este novo momento da Unacom. O provedor da Santa Casa, o médico Carlos Eduardo dos Santos, garantiu que todos os trâmites foram respeitados para que a administração do serviço passasse para o hospital. Anteriormente, a administração cabia a uma empresa. "Entendemos que estava na hora da Santa Casa assumir este serviço. Hoje é o primeiro dia sob a nova administração e vamos colocar em prática um projeto de expansão da oncologia", afirmou.

Sob a nova administração, algumas mudanças precisaram ser feitas no quadro técnico da unidade, já que alguns profissionais não puderam continuar prestando serviços. Assim, a oncologia passa a contar com dois médicos especialistas na área, que poderão fazer avaliações, acompanhamentos e as internações dos pacientes quando for necessário.

Outros nomes conhecidos dos pacientes permanecem, como é o caso do médico Maurício Collares, que será o responsável técnico pelo serviço. Ele relembrou a sua trajetória na instituição, desde a implantação do serviço de oncologia, há cerca de dez anos, e garantiu que Bagé será uma referência na área. "É um serviço que eu ajudei a construir, que começou pequeno e hoje atende em torno de 600 pacientes. Hoje não existe fila de espera para quimioterapia em Bagé", disse.

Entre mudanças e permanências, o que mais foi dito durante a entrevista foi a garantia na qualidade do serviço, a sua ampliação e a humanização dos atendimentos.

Com isso, a ideia é ampliar o serviço já ofertado, desafogando outros locais que recebem esses pacientes, como Pelotas e Porto Alegre.

A unidade já recebeu a vistoria da vigilância para que possa receber o alvará para o credenciamento dos convênios, como o IPERS, entre outros. Além disso, os atendimentos através do Sistema Único de Saúde (SUS) permanecem.

Gestão

A passagem da quimioterapia para a administração da Santa Casa faz parte de um planejamento estratégico que pretende garantir que a instituição tenha a gerência sobre os próprios serviços, equilibrando também o lado financeiro.

De acordo com o administrador do hospital, Raul Vallandro, a oncologia terá uma gestão própria, mas ligada à Santa Casa. Assim, o serviço consegue se pagar sozinho e ainda pode ajudar nas contas do hospital.

Desde os anos 1990 a tabela de custeio do SUS não é reajustada, deixando os valores muito defasados e não sendo cobertos na integralidade em muitos casos. Isso acontece, principalmente, nos serviços classificados até a média complexidade. No entanto, os valores para a alta complexidade são melhores, que é justamente onde se enquadra a oncologia, mesmo estando congelados há cerca de 15 anos "Portanto, o hospital administrar a oncologia não aumenta o nosso deficit, pelo contrário, ajuda a equilibrar o hospital, já que o saldo da oncologia vai para a Santa Casa", explicou o administrador.

Outro ponto importante que é a aposta da atual gestão é o investimento em pesquisa. O provedor do hospital disse que a ideia é, no futuro, tornar a Santa Casa um centro de pesquisa em oncologia, para medicamentos e tratamentos novos. "A pesquisa dá credibilidade ao serviço, além de atrair profissionais e investimentos", projetou.

Estrutura

Com a conclusão da obra da radioterapia, a Santa Casa passará a ofertar o tratamento completo para os pacientes oncológicos. Além disso, houve mudanças na quimioterapia para otimizar o serviço.

Agora, dois médicos oncologistas passam a atender no local. A farmácia também continua ofertando os medicamentos necessários para a quimioterapia e os efeitos indesejados que ela pode provocar. Para isso, a Santa Casa manteve os mesmos fornecedores e investiu em equipamentos, como a geladeira para armazenar os medicamentos, entre outros.

Também para os próximos meses a administração projeta a reforma da estrutura da quimioterapia, modernizando e ampliando o local.


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