A Terra atravessa a parte mais densa da trilha de detritos deixada pelo cometa Halley, e quando isso acontece provoca uma das melhores chuvas de meteoros do Hemisfério Sul, a Eta Aquáridas. A atividade iniciou no dia 21 de abril e se estende até 12 de maio, mas os momentos de maior intensidade foram nesta semana. Foi nestes primeiros dias do mês de maio que até 50 meteoros por hora foram observados em condições ideais.

O professor da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), coordenador do projeto Astronomia para todos, Guilherme Marranghello, explica, afinal, o que são os meteoros e como se originam: "Cometas são formados nos confins do sistema solar e são atraídos para o centro devido à intensa força gravitacional do Sol. Os cometas vão deixando um rastro de "sujeira" ao longo do seu caminho que passa pela órbita da Terra".

Ele detalha que, como a Terra passa por este ponto a cada ano, ela encontrará esta "sujeira" no seu caminho. "Estes resquícios de poeira entram na atmosfera terrestre e, em contato com o ar, acabam produzindo as chuvas de meteoros", completa. O professor ressalta que esta chuva, em especial, é formada por resquícios do cometa Halley, que passou há 35 anos. "Como os meteoros parecem vir da constelação de aquário, dizemos que esta é a chuva de Eta Aquáridas", comenta.

O coordenador do projeto Astronomia para todos convida a comunidade a participar de duas sessões abertas do Planetário da Unipampa: são virtuais ao vivo, por um canal no YouTube (www.youtube.com/planetariodaunipampa). No espaço virtual, é possível se inscrever para participar do encontro on-line. "Agora, professores de escolas que querem estar conosco dentro da sala do Zoom, de onde faremos a transmissão, com as perguntas de seus alunos, podem se inscrever pelo e-mail planetario@unipampa.edu.br", convida. Será no dia 19 de maio, às 9h e às 14h.

A sessão de planetário virtual da manhã é sobre o zodíaco e a da tarde ganhou o nome de Mila vai à Marte!