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Alerta

Retorno da pólio pode se tornar realidade

Reprodução FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Ameaça é destaque da Fiocruz

O Brasil foi certificado, pela Organização Mundial da Saúde, como livre da poliomielite no ano de 1994. Contudo, a doença, também chamada de pólio ou paralisia infantil, corre grande risco de ser reintroduzida no país. A avaliação é da Fiocruz. O principal motivo para o alerta a baixa cobertura vacinal. Apesar da gravidade das sequelas provocadas pela pólio, o Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de 95% do público-alvo vacinado, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

A reportagem conversou com médico Ricardo Necchi, que constantemente faz um alerta aos pais sobre a importância de levarem os filhos para receberem doses de vacinas. Ele ressalvou que, diferente do restante do país, Bagé tem conseguido uma boa resposta por parte da população nas campanhas de vacinação. Em síntese, defendeu o médico, o bageense atende o chamado de quem trabalha pela saúde pública. Sobre a ameaça do retorno de doenças como a pólio, Necchi comentou que observa isso com muita tristeza, sobretudo porque os grupos antivacina agem muito por viés ideológico.

Para ele, o retorno de doenças como pólio, sarampo e varíola é uma possibilidade real, e é decorrente de um relaxamento em relação a vacina. Ele lembrou que as pessoas precisam entender que, atualmente, existem vacinas que antes não estavam disponíveis. O médico pontuou que essa resistência a vacinas - inclusive vacinas já consagradas - também é por parte de muitos trabalhadores da saúde, o que é considerado por ele como algo muito triste. Contudo, o médico comentou que acredita que isso vai passar e que a população vai enxergar a importância de garantir a imunização. "É o mínimo que um pai e uma mãe responsável pode fazer", enfatizou.

A doença
A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa aguda causada pelo poliovírus selvagem responsável por diversas epidemias no Brasil e no mundo. Ela pode provocar desde sintomas como os de um resfriado comum a problemas graves no sistema nervoso, como paralisia irreversível, principalmente em crianças com menos de 5 anos.

As vacinas
No país, duas vacinas diferentes são oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para a imunização da pólio: a inativada e a atenuada. A vacina inativada deve ser aplicada nos bebês aos 2, 4 e 6 meses de idade. Já o reforço da proteção contra a doença é feito com a vacina atenuada, aquela administrada em gotas por via oral entre os 15 e 18 meses e depois, mais uma vez, entre os 4 e 5 anos.


Surto no Malawi
Uma cobertura vacinal baixa aumenta em muito as chances do retorno do vírus ao país. Por exemplo, em fevereiro de 2022, as autoridades do Malawi, na África, declararam um surto de poliovírus selvagem tipo 1, após a doença infecto-contagiosa ser detectada em uma criança de 3 anos. A menina sofreu paralisia flácida aguda, uma das sequelas mais graves da enfermidade, a qual, muitas vezes, não pode ser revertida.

O último caso de poliomielite no país africano havia sido notificado em 1992, e a África toda declarada livre da doença em 2020. A cepa do vírus responsável por esse caso está geneticamente relacionada à cepa circulante no Paquistão, um dos dois países do mundo, junto com o Afeganistão, onde a pólio continua endêmica.


Dia D contra a Influenza
O médico Ricardo Necchi confirmou que, neste sábado, haverá o Dia D contra a Influenza. Uma unidade móvel estará disponível na praça para que a população que já pode receber a dose tenha acesso facilitado a vacina. O dia, na unidade móvel, será dedicado exclusivamente à vacinação contra a Influenza, mas ele lembrou que a imunização contra a covid-19 está disponível em todos os postos de Saúde, a partir de hoje, para todos aqueles com 18 anos ou mais. Além disso, crianças podem buscar tais doses no Camilo Gomes.

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