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Prédio é garantia de dívida milionária e está penhorado

Luciano Madeira imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Imóvel já foi a rodoviária da cidade

Quem caminha pela rua Caetano Gonçalves ou atravessa a praça Doutor Albano e tem um olhar mais atento lamenta o que virou o prédio que abrigou a antiga Estação Rodoviária, o Bagé Tênis Clube e, por último, a sede do Sindicato dos Municipários de Bagé (Simba). 

 

O jornal Folha do Sul já publicou matérias sobre a situação do local, que hoje é abrigo de moradores de rua e ponto de drogadição. O caso mais recente aconteceu na madrugada de segunda-feira, quando houve um incêndio criminoso no interior do prédio, que só não consumido pelas chamas porque o Corpos de Bombeiros agiu rápido e a equipe conseguiu controlar as chamas. 

 

A reportagem foi até o local e constatou que os vidros foram todos quebrados e as portas arrombadas. Há também muito lixo no interior do imóvel e um mau cheiro, um odor muito forte. 

 

Clodoaldo Fagundes, presidente do Sindicato dos Municipários de Bagé, o Simba, disse para a reportagem que o prédio, hoje, é alvo de uma disputa judicial entre a Receita Federal e um grupo de advogados, e a que a direção do Simba fechou duas vezes o imóvel com grades e parte com tijolos e, mesmo assim, o local foi arrombado. 

 

Fagundes, sobre o fato de haver pessoas morando no antigo prédio do Simba, informou que tal situação foi comunicada para a Secretaria de Assistência Social e Direitos da Pessoa Idosa. "Inclusive, fizemos um protocolo pela questão da drogadição", pontuou. 

 

De acordo com Fagundes, uma equipe da Smasi esteve no prédio e disse que não podia fazer nada. "É uma questão social e de saúde pública, além, por óbvio, de segurança", contestou. 

 

Ele ainda comentou que o procurador jurídico do município fez uma reunião com a direção do Simba. "Querendo abrir uma negociação sobre a aquisição do prédio, mas esse assunto não avançou até o momento", esclareceu. 

 

Perguntado sobre o que a direção do sindicato pretende fazer, a resposta foi que o Simba entrou com um pedido de reintegração de posse, mas ponderou que "achar os beneficiários" está difícil. Fagundes também falou que o prédio está penhorado e que o sindicato é apenas o "fiel depositário". "E pagamos as dívidas de taxa e lixo. Dívidas que foram deixadas", esclareceu. 

 

Segundo ele, há uma dívida milionária, e o prédio foi entregue como garantia. Ao ser interpelado sobre o que gerou essa dívida, o sindicalista disse que foi através da dilapidação do patrimônio do sindicato em gestões anteriores, no começo do ano 2000, e que, inclusive, há pessoas que responderam processo por isso. 

 

A reportagem contatou o procurador jurídico do município, Heitor Goulart, que falou que o município já encaminhou três notificações para a direção do Simba para que eles não só retirem as pessoas que estão morando ali, como também realizem a limpeza e o cercamento do prédio, e garantiu que há até pena de multa, caso isso não seja cumprido. 

 

O procurador disse que, caso isso não seja feito, pela direção do sindicato, o Simba será colocado em dívida ativa, ou seja, estarão devendo para o município. "Todas as medidas que estamos tomando estão dentro da lei", enfatizou Goulart.   

 

O secretário de Assistência Social e Direito da Pessoa Idosa, Graziane Lara, disse que, no que se refere a assistência social, foram feitas abordagens às pessoas que ali residem, e sobre a drogadição confirmou que essa é realmente uma situação bem complicada. 


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