BAGÉ WEATHER

Literatura

Marsal Alves aborda retomada de contato com público e autores

Niela Bittencourt imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Galicia é um projeto autoral todo feito em nanquim

A Feira do Livro, dentro do primeiro Festival Literário Cultural, começou ontem, e os lançamentos, sessões de autógrafos e bate-papos com os escritores estão entre os destaques da programação. Desde o início da semana, o Folha do Sul apresenta alguns dos protagonistas destes momentos: já foi possível conferir um pouco da história e da obra do patrono da mostra, Severino Rudes Moreira, de Simone de Menezes Karam e de Denise Zandoná. Hoje, é Marsal Alves que fala um pouco sobre a expectativa para o reencontro com o público durante os lançamentos, nesta edição que marca justamente essa retomada do contato presencial entre escritores, livros e leitores.

Marsal apresenta, na feira de Bagé, O livro dos barcos e Galicia, a casa na árvore. Ele admitiu que, de fato, é bom, depois de todo esse tempo de pandemia, ter contato novamente com o público. "Isso é superbacana. Eu fico feliz", definiu, ao ressalvar que é de Bagé, mas não mora na Rainha da Fronteira há décadas, o que torna esse momento de encontros e reencontros da feira ainda mais relevante para ele. "É sempre uma coisa boa conversar sobre os teus livros na tua cidade natal", justificou. A expectativa é justamente por esse carinho. "É legal estar aqui e fazer isso", sustentou.

Ele ainda retomou a fala sobre o prazer que é voltar a ter contato com o público, o que, durante um longo período, ocorreu unicamente de forma digital. Por outro lado, preferiu não opinar sobre como será essa experiência, ao pontuar que a covid-19 ainda sugere a todo mundo que não se faça tantos planos. "Não sei se alguma coisa vai mudar, se a relação autor, livros, público vai mudar, se isso vai voltar ao normal. Eu não faço a menor ideia. Eu prefiro me concentrar em, como autor, continuar trabalhando", argumentou. "Que o mundo decida como vai ser a partir daqui. Vamos ver. Estou curioso ", acrescentou.

Questionado sobre como é estar entre autores tão diversos, dos iniciantes (há um jovem de 19 anos que lançará, durante a feira, seu primeiro livro) até os mais experientes, Marsal enfatizou: "Estar no meio do público, dos autores ,é sempre bom. Para um autor, para os autores, especialmente. Os outros autores são sempre um público mais próximo. Estar em contato com outros autores é sempre uma das melhores coisas em fazer literatura", argumentou. "É sempre bom, para mim é sempre gostoso. Eu também não diferencio 'autor jovem', 'autor velho'. Às vezes, a gente tem um autor jovem que é um gênio. E, às vezes, a gente tem um autor velho que escreve da mesma forma que escrevia quando era adolescente. Então, a questão da idade não influiu muito para mim", opinou. "É sempre bom estar entre autores; isso é sempre bom", finalizou.

Alves lança O livro dos barcos e Galicia, a casa na árvore nesta sexta-feira, dia 10 de dezembro, às 17h, com sessão de autógrafos no estande institucional da Feira do Livro. Vale destacar que, nesta quinta-feira, dia 9, conforme a programação oficial do festival, ocorrem os primeiros lançamentos: às 17h tem sessão de autógrafos com os alunos da rede municipal de ensino que integram a quinta Antologia da Secretaria Municipal de Educação. Isso no estande institucional. Também às 17h, no mesmo espaço, tem sessão de autógrafos com os integrantes do Movimento dos Escritores Bageenses, que lançam a antologia Libertação da alma (antologia pandêmica do MEB). Às 18h, tem sessão de autógrafos com Marilene Alagia, que apresenta o livro Tapizar Poesia. Também no estande institucional.


Rodrigo Tavares autografa três obras durante a Feira do Livro Anterior

Rodrigo Tavares autografa três obras durante a Feira do Livro

Estorninho está na região e especialistas alertam Próximo

Estorninho está na região e especialistas alertam

Deixe seu comentário