A campanha de conscientização sobre o câncer de boca ocorre durante todo o mês de maio. Trata-se do Maio vermelho, uma iniciativa que objetiva informar a população sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado do câncer de boca. Vale mencionar que o câncer de boca é um tipo que afeta a cavidade oral, incluindo os lábios, língua, gengivas, bochechas e palato, e que os principais fatores de risco para tal doença incluem o uso de tabaco (cigarros, charutos e cachimbos), o consumo excessivo de álcool, a exposição ao sol sem proteção nos lábios e a infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV).

Conforme material divulgado pela coordenadora da Saúde Bucal do município e presidente da Associação Brasileira de Odontologia (regional Bagé), Tânia Bispo, o mês de maio foi escolhido porque, no 31, é o Dia Mundial Sem Tabaco, "principal causa desta e de outras doenças". Ainda conforme as informações encaminhadas por ela, estão entre os objetivos do projeto oferecer oportunidade de exame clínico profissional para a população, tanto em campanhas específicas, quanto nas unidades da rede pública de saúde. Isso para que os pacientes com necessidades sejam identificados e encaminhados para diagnóstico definitivo e, ainda, para tratamento.

Questionada sobre se o município terá alguma programação alusiva ao Maio Vermelho, Tânia, que também é coordenadora, em Bagé, do Programa Um Sorriso do Tamanho do Brasil, destacou que a equipe está "agendando uma reunião para ver as estratégias, tanto a secretaria como também a ABO". Ainda segundo o material divulgado por Tânia, apesar de muitos não conhecerem, o câncer de boca está entre os mais prevalentes no Brasil e no mundo. Assim, a campanha Maio Vermelho, ao divulgar informações sobre os sinais e sintomas do câncer de boca e os fatores de risco associados, objetiva reduzir o número de casos e aumentar as chances de sucesso no tratamento.

Doença é fatal
Em síntese, o câncer bucal é considerado uma doença potencialmente fatal, que pode afetar pessoas de todas as idades, mas é mais comum em homens que fumam e têm acima de 40 anos. "É uma doença agressiva com uma taxa de sobrevivência de apenas 50% ao longo de cinco anos. E as pessoas que sobrevivem apresentam sequelas severas do tratamento, que limitam ou comprometem totalmente as atividades profissionais, sociais e também familiares", alertou o material divulgado por Tânia.

Vale mencionar que a alta taxa de mortalidade é decorrente de alguns fatores, entre eles o fato de que, em estágio inicial, a lesão pode passar despercebida, uma vez que costuma ser assintomática. Além disso, é preciso considerar o desconhecimento da população em geral quanto a existência da doença e seus fatores de risco, tal qual o atraso no diagnóstico, o que justifica a campanha Maio Vermelho.