A imagem de Nossa Senhora das Graças, que foi colocada por uma devota, no ano passado, em uma árvore na praça da Estação, foi alvo de vandalismo, no final do mês de fevereiro. Ela teve sua cabeça arrancada. E não foi a primeira vez. Também não foi a primeira vez que alguém, de forma anônima, foi até a árvore, que lembra uma gruta, e colocou a cabeça no lugar. A imagem da Santa, porém, segue sem nariz. Sem nenhuma proteção, a santinha na árvore emociona muitos leitores, que definem o conjunto como um símbolo de fé, mas os recorrentes ataques têm gerado revolta.

A leitora Bruna Fonseca questionou: "Por que é tão difícil as pessoas respeitarem a religião alheia?". Claudia Macedo, por sua vez, opinou: "Cada um com sua crença. Se a Santa não é da sua religião, respeite, assim como você quer que respeitem a sua". Já a leitora Lucia Cortez definiu os atos de vandalismo como pura maldade e lembrou que a presença da Santa na praça não faz mal a ninguém.

Márcia Sagaz foi além e definiu as atitudes como resultado da mais pura ignorância. "Falta de respeito ou intolerância religiosa", sustentou. O leitor Luciano Pinto lembrou da situação do conjunto de estátuas, na mesma praça. "Igualmente o estado da obra de Coirollo (consultório do Analista de Bagé). Tudo o que existe em nossa cidade é depredado. Obras, placas, praças, bancos, canteiros, árvores", argumentou. "Não possuímos a menor vocação turística", acrescentou.

A leitora Patrícia Barreto sugeriu que é necessário providenciar uma grade ou tela bem fechada. Natália Martins também apelou para a proteção da imagem. "Seria bom se achassem uma maneira de colocarem uma grade ou uma cerquinha, que pudesse preservar a árvore e a imagem da Santa", pontuou. Da mesma forma, Ana Cláudia Pinto pediu que alguma atitude seja tomada para proteger o que definiu como um símbolo de fé.

O secretário do Meio Ambiente e Proteção ao Bioma Pampa, Antenor Teixeira, questionado se há uma definição quanto a imagem da santinha, comentou que a equipe acreditava que, despercebida, haveria menos vandalismo, e ponderou que bastaria respeito. Ele comentou que está prevista uma reformulação na praça, a partir de abril, com plantio. Sobre o assunto, disse que buscará, pessoalmente, uma alternativa, mas lembrou que não tem uma estrutura, e que, por isso, pretende conversar com o secretário de Cultura, João Schardosim, e com quem estiver interessado, para fazer algo bonito e que permaneça preservado. Ele garantiu um retorno à reportagem.