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Mobilização

Eletricitários pedem realização de audiência pública

Divulgação imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Funcionários e ex-funcionários deram depoimentos sobre a importância da Fase C para Candiota e região

A Fase C da Usina de Candiota foi o palco de uma mobilização contra a venda do empreendimento. Eletricitários e ex-funcionários da Usina ficaram na frente da estrutura para chamar a atenção para a importância dele para a economia local. 

Eletricitários e parlamentares da região se reuniram na frente da Usina de Candiota durante toda a manhã dessa terça-feira. A ação foi um protesto contra a venda do empreendimento. 

A informação que circulava extraoficialmente era de que um grupo de empresários estaria realizando uma visita no local para negociar uma possível compra. Entretanto, até o fechamento desta edição, isso não havia sido confirmado pela CGT Eletrosul. 

Ao longo da manhã os eletricitários promoveram debates e deram seus depoimentos sobre a importância da Usina para Candiota e região. O grupo, formado por algumas dezenas de funcionários, ex-funcionários, sindicalistas e parlamentares da região estendeu uma faixa  contra a venda do empreendimento. 

Para a diretora do Sindicato dos Eletricitários do Rio Grande do Sul (Senergisul), Cristina Silva, o protesto também serviu para ajustar o que será feito a partir de agora para tentar impedir a venda. “Nosso movimento, apesar de não ter muitos, teve representatividade. Foi o primeiro passo, agora vamos seguir construindo na luta e na resistência. Dado o ponta pé inicial, seguimos amadurecendo para uma audiência pública”, informou. 

 

 

Entenda  

 

A CGT Eletrosul vem trabalhando para se tornar cada vez mais sustentável. Com isso, a empresa passou a investir mais em energias renováveis, deixando de lado minérios como o carvão, por exemplo. Por isso, a empresa considera o fechamento ou venda a partir de janeiro de 2025, quando terá acabado todos os 35 contratos de fornecimento de energia ao mercado nacional. Esses contratos são frutos da venda no leilão de energia de 2005, que viabilizou a construção da Usina. 

Contudo, o empreendimento ainda mostra viabilidade econômica, o que deve garantir que a Usina não seja simplesmente fechada, mas sim vendida. Para se ter ideia, em 2021, a usina bateu o próprio recorde de produção de energia. Isso no auge da crise energética nacional, provocada pelo setor hídrico. Na época, foram produzidos 283,7MW/h médios. 

Além disso, no ano passado, a usina passou a exportar energia para a Argentina. Valores e quantidade não foram divulgados. 

 

Desde o último ano foi criado um movimento para impedir o fechamento ou a venda da usina localizada em Candiota. O temor surgiu após a declaração do CEO da Eletrobras (holding que a CGT Eletrosul integra), Wilson Ferreira Júnior, em entrevista ao Canal Energia, de que a companhia não tem mais interesse em energias que não sejam renováveis e que, portanto, a Usina de Candiota não estaria mais nos planos da empresa, podendo ser fechada a partir do fim de 2024 ou ainda ser vendida, nos mesmos moldes do que aconteceu com UTE Pampa Sul. 

No final do ano de 2024, mais precisamente no dia 31 de dezembro, é o prazo de encerramento dos contratos de fornecimento de energia da Usina. Entretanto, a mesma empresa possui contratos até 2040 em uma usina em Santa Catarina. 

Vale lembrar também que o grupo Eletrobras, ao qual a Usina pertence, foi privatizado em meados de 2022, no governo Jair Bolsonaro. A gestão Lula estuda medidas judiciais para reverter algumas privatizações. Por isso a categoria luta para que a Usina não seja vendida, voltando a ser uma empresa estatal. 


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