Será possível levar a criançada para vacinar neste sábado, na praça do Correto, onde uma equipe da Saúde, na unidade móvel, estará mobilizadas. A vacinação começa às 10h e se estende até as 17h. Serão aplicadas doses contra a meningite e contra o HPV. Também haverá doses contra a covid-19: ou seja, adolescentes, adultos e idosos também podem aproveitar para garantir a imunização. 

Vale destacar que, para se vacinar, é necessário levar caderneta de vacinação e cartão do SUS. A vacina da meningite está disponível para crianças e adolescentes entre 11 e 14 anos, e a do HPV deve ser aplicada em meninas e meninos de 9 a 14 anos. Além disso, todas as doses da vacina da covid-19 são aplicadas na unidade móvel. A coordenadora de Imunizações do município, Tatiana Miranda, destacou que a vacinação contra o HPV nas escolas prossegue e haverá atualização das doses já aplicadas na segunda-feira.

O secretário de Saúde e coordenador da Vigilância em Saúde, Geraldo Gomes, destacou que a demanda pela vacina contra o HPV não pode ser considerada baixa, mas as campanhas são necessárias para incentivar a população. Da mesma forma, a unidade móvel, nos sábados, é uma iniciativa que busca estimular os bageenses a garantirem as doses disponíveis. Ele mencionou que a demanda pela vacina contra a covid-19 caiu bastante. "E as pessoas têm que se vacinar", ressalvou. A vacinação na praça é uma oportunidade para aqueles que não podem se deslocar aos postos durante a semana. Gomes lembrou que o objetivo é sempre alcançar um percentual alto de cobertura vacinal, tal qual ocorreu na campanha contra a poliomielite - Bagé é um dos municípios que mais vacinou no Estado, e ultrapassou a meta, com cobertura de 104%. 

Entenda

A Saúde do Estado lembrou que a dose contra o HPV está disponível no calendário do Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2014. Desde então, a vacinação está disponível nos postos de saúde com sala de imunizações durante o ano inteiro. A estratégia de agora, com vacinação nas escolas e na unidade móvel, objetiva ampliar a cobertura para os públicos previstos.

Em 2021, o Rio Grande do Sul teve uma cobertura, entre as meninas, de 74% para a primeira dose e de 54% para a segunda dose, que completa o esquema, segundo o Ministério da Saúde. Os dados de 2022, ainda parciais, indicam uma cobertura de 66% para primeira dose e de 50% para a segunda. Entre os meninos, os índices são mais baixos. Em 2021, a cobertura foi de 56% para primeira dose e de 38% para a segunda. Neste ano, a primeira dose está em apenas 48% de cobertura e, a segunda, em 32%.

Esquema vacinal

Na estratégia prevista para as ações nas escolas este mês, a vacinação terá como público alvo o mesmo do calendário básico. O esquema foi ampliado este ano pelo Ministério da Saúde, equiparando as idades para meninos e meninas, agora ambos dos 9 aos 14 anos. Qualquer criança ou jovem dentro dessa faixa etária pode iniciar o esquema vacinal, composto de duas doses com intervalo de seis meses entre elas (mesmo que a segunda dose fique para depois dos 14 anos de idade).

Também está prevista a vacinação do HPV para pessoas de 9 a 45 anos imunossuprimidas (vivendo com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos).

Câncer do colo do útero

O câncer do colo do útero é o terceiro tipo mais comum entre mulheres no Brasil. Estima-se a ocorrência de 17 mil novos casos por ano, o que representa 7,5% de todos os cânceres entre a população feminina.

Tem como causa básica a infecção pelo papilomavírus humano (conhecido pela sigla HPV). Existem mais de 200 tipos de genótipos diferentes de HPV, sendo que 13 são considerados carcinógenos (que podem causar câncer). No Brasil, a vacina disponível pelo SUS confere imunidade contra os tipos virais 6 e 11 (responsáveis por 90% dos casos de verrugas genitais) e 16 e 18 (agentes de 70% dos casos de câncer cervical).