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Síndromes respiratórias

Decreto alerta para alto índice de crianças hospitalizadas

Reprodução FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -

O governo decretou estado de emergência em saúde pública em todo o território do Rio Grande do Sul para fins de prevenção e enfrentamento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças. O decreto determina que as redes hospitalares que prestam serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS) deverão adotar medidas administrativas para priorizar a disponibilização dos leitos clínicos de suporte ventilatórios e de UTI pediátricas para os casos de SRAG em crianças. 


O estado de emergência terá a vigência de 90 dias, contados a partir da publicação, podendo ser prorrogado conforme evolução dos indicadores epidemiológicos. “Foi uma decisão baseada em dados epidemiológicos e estressamento da rede de saúde que apontam o aumento das internações nessa faixa etária. O Estado já vem tomando providências desde que lançou o Programa Inverno Gaúcho com Saúde, que conta com investimento de R$ 10,1 milhões para reforçar os serviços nos hospitais e nas portas de entrada, e esse decreto abre também a possibilidade de buscar até R$ 26 milhões junto ao Governo Federal, em uma medida complementar ao que já estamos fazendo”, disse a secretária-adjunta, Ana Costa. 


Orientações e números

A secretaria adjunta reforçou a importância de medidas de prevenção como a vacinação em dia, lavagem constante das mãos e uso de máscara para quem estiver apresentado sintomas gripais. "O número de casos de SRAG encontra-se em zona de risco, o que configura um cenário crítico, em especial, para a população com até 11 anos de idade", divulgou o Piratini. Até o dia 10 de junho, recorte usado para o embasamento epidemiológico do decreto, o Rio Grande do Sul apresentava 2 806 casos de SRAG em crianças até 11 anos, sendo 642 registros de internações em UTI. Para efeito de comparação, no mesmo período em 2022 foram 2 279 casos e 581 internações em UTI, já em 2021 foram 1 905 casos e 435 internações. "Os dados demostram um aumento do número de casos de SRAG, sendo o maior desde o começo da série histórica em 2017 para a faixa etária até 11 anos", detalhou, ainda, o Piratini. 


Situação em Bagé

Conforme dados do governo do Estado, apenas uma criança estava internada, ontem, na UTI pediátrica da Santa Casa de Caridade de Bagé com confirmação para coronavírus. Não constava a informação - no painel de monitoramento - de crianças internadas com alguma outra SRAG. O secretário de Saúde do município, Ronaldo Hoesel, afirmou que o momento, no Estado, é realmente difícil, mas em Bagé nem tanto. "A gente sabe que tem tido crianças internadas e, em função disso, no mês de maio, com a mudança de temperatura, e um alto índice de crianças na UPA (Unidade de Pronto-Atendimento 24 Horas), nós tomamos a iniciativa de colocar um pediatra, no reforço, das 18h às 22h, que era o horário que mais tinha procura por pediatra", ressalvou.


Ele acrescentou que, nesta semana, a demanda já caiu. "Nesse final de semana, tinha momentos sem nenhuma criança aguardando: chegavam e eram atendidas. Conversei com uma das pediatras e ela disse que estava bem tranquilo", sustentou. "A medida que nós tomamos nos ajuda no enfrentamento", enfatizou. "Outra coisa: Bagé saiu na frente de outros municípios, porque nós alcançamos rapidamente 60%, 70% da vacinação das crianças e idosos, e agora já chegamos a mais de 80%, enquanto outros municípios estavam, em média, com 25%, 30% da população-alvo vacinada. Então, Bagé, nesse aspecto, saiu na frente", reiterou. Contudo, o secretário destacou a importância com os cuidados, uma vez que "o inverno forte ainda não chegou". Ele garantiu que, diante do decreto estadual, conversará com a equipe da Santa Casa para saber a situação da casa hospitalar e fazer tudo o que for necessário.

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