BAGÉ WEATHER

Impacto

Comércio manifesta preocupação com fim do Auxílio Emergencial

Niela Bittencourt imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Diminuição da renda deverá frear consumo de itens básicos

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos aponta que, com o fim do Auxílio Emergencial, o Brasil se encaminha para um cenário de falência de pequenos empreendimentos. A reportagem conversou com o presidente da Associação Comercial e Industrial de Bagé (Aciba), Ricardo Souza, que reiterou que haverá um impacto muito grande. "O fim do Auxílio Emergencial já projetado claramente vai ter um impacto muito grande, principalmente daqueles itens mais necessários, que são os gêneros alimentícios e de higiene básica. Principalmente esses produtos, que estavam tendo uma saída maior, terão um decréscimo bem grande com o fim do Auxílio Emergencial", contextualizou.

Souza admitiu que se trata de uma soma expressiva de valores que será tirado do comércio, principalmente do comércio de itens básicos e necessários. "Logicamente, a Aciba e qualquer outra entidade do setor projeta um desaquecimento nas vendas", sustentou. Somado a isso, manifestou o presidente, o setor está preocupado com a escalda da inflação. "Esta (a escalada da inflação), hoje, é o maior medo do comércio, principalmente o comércio varejista de roupas e calçados", manifestou, ao lembrar que o ramo trabalha muito com a previsibilidade e esta suba, esta escalada do ritmo inflacionário no país, causa uma preocupação.

"Traz uma preocupação muito grande para o comércio. Hoje, o preço da gasolina, os item básicos básicos como luz, água, está trazendo uma aflição muito grande àqueles que produzem não só no Brasil, mas principalmente na nossa cidade. Então a maior preocupação das entidades, da Aciba e das demais entidades que trabalham com varejo e com a indústria, é a escalada da inflação", pontuou.

Souza lembrou que o governo projeta uma suba da taxa Selic. "O Copom se reunindo daqui a um mês e meio, dois, e já projetando uma suba em torno de 9%, 9,25% da Selic. Logicamente, a gente, como entidade, fica preocupada com esses valores, essa escalada muito grande do ritmo inflacionário no nosso país", acrescentou.

Vale mencionar que, além do fim o Auxílio Emergencial, estima-se que, após a transição para o Auxílio Brasil, que substitui o Bolsa Família , mais de 22 milhões de pessoas ficarão sem assistência do governo federal. Tal dado também foi apresentado pelo Dieese, que também ressalvou que a taxa de desemprego, hoje, está em 13,2%.

Além disso, segundo o IBGE, o rendimento real habitual dos trabalhadores ocupados recuou para R$ 2 489 no trimestre passado. O montante corresponde a quedas de 4,3% frente ao trimestre anterior (R$ 2 602) e de 10,2% quando comparado a igual período de 2020 (R$ 2 771). As baixas foram as maiores em termos percentuais na série histórica, iniciada em 2012. 

Saiba como será a vacinação neste sábado Anterior

Saiba como será a vacinação neste sábado

Irmã Maria Ana fala sobre mulher 'número dois' do Vaticano Próximo

Irmã Maria Ana fala sobre mulher 'número dois' do Vaticano

Deixe seu comentário