Ritual
Café: um aliado no frio e de valor simbólico
Márcia Sousa imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Momento pode ser para leitura, confraternização ou mesmo para meditação
Há quem goste de tomar café o ano inteiro, independente da estação. Mas é na estação mais fria do ano que o "expressinho" atrai todas as atenções. Tomar café é muito mais que alimento, ele tem um valor simbólico, é um ritual, assim com o chimarrão. É um ato que serve para reunir amigos para uma conversa.
Em Bagé, o café é motivo para amigos discutirem sobre futebol, política, ler jornais ou simplesmente para um momento a sós. Em torno dessa bebida, existe toda uma liturgia. A reportagem conversou com proprietários de estabelecimentos que servem o apreciado café. A bebida ficou mais cara para o bolso do consumidor. Mesmo assim, os apreciadores não abrem mão de uma xícara bem servida.
Um dos pontos de encontro na cidade é a Leb Livraria e Cafeteria Bageense. O empresário Richarles Nogueira contou que em dois meses o preço do café aumentou quase 50% e por essa razão foi preciso repassar esses valores para o consumidor. Segundo ele, nessa época do ano, aumenta o número de adeptos do café em 30% e o carro-chefe é o expressinho. " Nós temos clientes que vem diariamente no estabelecimento para tomar o cafezinho e conversar com os amigos", disse.
Outro ponto de encontro é a Casa do Pão. O empresário Everton Bortolini comentou que desde abril o produto teve uma suba de 50%, mas, mesmo assim, optou por manter os preços. Ele enfatizou que no inverno sempre tem aumento de clientela e que o café tem muita saída.
Neusa Ferreira, que trabalha há 25 anos em um dos quiosques no Calçadão, disse que muitas pessoas chegam para tomar um cafezinho e, mesmo com a suba, ela optou de não aumentar o preço . "O cafezinho nesse período de frio sempre aumenta um pouco a procura", afirmou.
Não abrem mão
O aposentado Mário Domeneck falou que ele é um amante do café. "Eu tomo em média uns dez cafés por dia. Muita gente não sabe, mas o café é bom até para as pessoas que tem diabetes", disse.
O advogado Décio Lahorgue contou que desde criança sempre acompanhou o seu pai nos cafés da cidade e, por esse motivo, cultiva o hábito. "Eu tomo café a minha vida inteira", disse.
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