Dois minutos e três segundos foi o tempo do discurso do presidente Jair Bolsonaro, na tarde desta terça-feira. No pronunciamento, foi confirmado que o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, dará início a transição de governo junto ao vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB).

Em referência aos bloqueios de estradas que ocorrem pelo país, de eleitores descontentes com o resultado das urnas (Lula, do PT, é o presidente eleito), Bolsonaro afirmou: "As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda".

Se essa fala foi em tom de crítica, tanto aos manifestantes quanto à esquerda (Lula representa a esquerda), outra tentou justificar os atos: para Bolsonaro, "os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral".

Ele garantiu que cumprirá a Constituição. "Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição". 

Vale mencionar que o atual presidente agradeceu seus votos, não parabenizou ou citou o nome de Lula.