Enquanto a Feira do Livro de Bagé permanece uma incógnita, autores bageenses se destacam na tradicional mostra da capital, Porto Alegre. "A feira está efervescente", garantiu Gladis Deble, uma das autoras que participou de lançamentos. "Fui para o lançamento da antologia da Poemas à flor da Pele volume 16", detalhou. Na sexta-feira, o coletivo de autores, que assina a obra, se reuniu para autógrafos na Praça da Alfândega. 

"À noite, houve um jantar na Cidade Baixa com música ao vivo e entrega de troféus e medalhas. No sábado, na Biblioteca Pública do Estado, entrevista com o escritor Airton Ortiz. O jornalista Aires Ceruti e Clovis André Silva, secretário-adjunto de Cultura de Porto Alegre, falaram da cultura no geral nestes 250 anos de Porto Alegre e nos 68 anos da Feira do livro", relatou, ainda, sobre a programação da qual participou.

Para Gladis, a Feira do Livro de Porto Alegre é um dos maiores eventos literários a céu aberto da América Latina. "Encerramos a tarde de sábado na Biblioteca com um sarau com a cantora Leia Ortiz e com a participação de alguns poetas", acrescentou.

Marly Ribeiro Meira também participou da mostra literária: ela autografou a segunda edição do livro: Arte, afeto e educação. O livro, em síntese, aborda inquietações na Educação, na filosofia e nas artes, que "a gente só escreve após muito tempo de convivência". As autoras Marly Meira e  Silvia Pillotto se colocam no papel de professoras e pesquisadoras de modo (re)significado, como definem. 

Já o trabalho do poeta bageense Luiz Coronel pôde ser conferido em diferentes formatos na 68ª Feira do Livro de Porto Alegre. O escritor, que é ex-patrono da mostra, participou em quatro atividades: palestra (A passagem do tempo, ao lado de Gilberto Schwartsmann), sessão de autógrafos de obras da Coleção Esquilo e de O dicionário Pablo Neruda (inclusive, houve doação de 100 exemplares para o público) e, ainda, de encontro com estudantes e recital-show.

No final de semana, Coronel participou da abertura oficial do evento e de um bate-papo com o patrono da atual edição, Carlos Nejar. "Foi o reencontro com muitos amigos da literatura", definiu. Inclusive, Coronel posou junto com sete patronos de diferentes edições da feira e também ao lado do presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, Maximiliano Ledur.