São muitos os tipos de golpes aplicados na Rainha da Fronteira. Com a pandemia, a situação se agravou mais ainda. Uma das armas mais usadas pelos criminosos são as redes sociais. O público mais vulnerável com a ação dos estelionatários são os idosos. O órgão central onde são feitas todas as ocorrências é a Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA).

A reportagem conversou sobre essa realidade em Bagé com a delegada que responde pela DPPA, Cáren Nascimento. Ela relatou que vários tipos golpes vem sendo aplicados. A delegada comentou que no período da pandemia houve um aumento significativo, onde a maioria das vitimas foram alvos de golpes patrimoniais, como por exemplo, empréstimos bancários, e principalmente o golpe do PIX.

De acordo com a policial, são muitos os casos em Bagé em que os estelionatários usam as redes sociais para aplicar o golpe, porque eles têm acesso a um banco de dados de várias pessoas. Em relação aos idosos, Cáren disse que maioria das vítimas caem nos golpes de empréstimo financeiro, assim como no do PIX . Segundo ela, esses casos estão crescendo em Bagé.

Também tem o golpe do WhatsApp - que é aquele onde a pessoa coloca uma foto de um familiar em outro número de telefone e manda a mensagem para mãe, pai e avós como se fosse um familiar precisando, por exemplo, de dinheiro e solicita que seja feito o depósito. "O ideal é que a pessoa quando recebe uma ligação com o pedido de dinheiro, a primeira a coisa é ligar para aquele familiar que está pedindo o dinheiro para ver se é verdade ou é um golpe", acentuou a delegada. Ela contou que quando a pessoa vai até a DPPA para registrar uma ocorrência é porque já foi vítima do golpe.

Nudes diminui

Outro golpe que ainda continua acontecendo na cidade, mas teve uma redução, é o do nudes - onde a pessoa acha que está falando com uma mulher e na verdade são bandidos que puxam uma conversa pelas redes sociais. Os criminosos enviam uma fotografia se passando por uma mulher jovem. O homem, por sua vez, manda fotos nu e depois os bandidos começam a ligar e chantagear a vítima pedindo dinheiro.

Ao ser questionada se atualmente em Bagé o golpe mais aplicado é o do PIX, Cáren respondeu que não saberia informar e que seria necessário realizar um levantamento das ocorrências que são registradas na DPPA.

PC Alerta

A delegada comentou que a Polícia Civil lançou o aplicativo PC Alerta, onde fala sobre alguns golpes que acontecem - como por exemplo o boleto falso. Nesse caso, a vítima recebe um boleto de cobrança e muitas vezes paga e depois percebe que caiu em um golpe. "Outro golpe super antigo é o bilhete premiado e mesmo assim muitas pessoas caem. Também tem o auxílio emergências e clonagens de WhatsApp", mencionou a delegada.

Outro golpe que vem acontecendo em Bagé é o que uma pessoa liga para um idoso, diz que trabalha em uma agência bancária e precisa confirmar os dados do cliente. Eles pedem o nome completo, CPF e endereço. A delegada faz um alerta para que a pessoa desconfie de ligações telefônicas das quais ela não conhece. "Desconfie ao receber uma mensagem, mesmo tendo a foto de algum familiar. Ligue para o familiar quando receber mensagens pedindo dinheiro", orienta. Segundo a delegada, esse golpe é o mais comum em Bagé.

E outro apontado pela delegada é o golpe pela internet, onde a vítima efetua a compra, paga e nunca recebe a mercadoria.