Covid-19
'Chega de tantas mortes: isso tem que acabar'
Niela Bittencourt imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Apelo é para que população siga protocolos e garanta a vacina
Mais de 1,6 mil pessoas em isolamento domiciliar e 16 internados na Santa Casa com covid-19. Tais números já deveriam ser alerta para que os protocolos sejam mantidos neste período de carnaval. O médico Ricardo Necchi, secretário-adjunto de Saúde, destacou que todas as orientações dadas desde o início da pandemia de coronavírus são válidas: manter o distanciamento social, evitar aglomerações e usar máscaras de proteção e álcool em gel. Porém, ele admitiu que sabe que parte da população não está seguindo tais recomendações e, no carnaval, a tendência é que isso seja mesmo ignorado por muitos.
Para Necchi, as pessoas devem, então, pelo menos, recorrer à vacina. Ele pontuou que o momento é complicado: começa a baixar novamente o número de infectados, de pessoas contaminadas na região, por outro lado, há essa resistência aos protocolos, ainda que todos saibam o que fazer, já que são quase dois anos de pandemia. Ele disse acreditar que da metade para o final do mês de março a tendência é os números caiam ainda mais e a esperança, para isso, é que a população siga buscando a vacina.
O médico reiterou que todos sabem que é preciso evitar aglomerações e usar máscaras. "Mas a população não está mais acolhendo muito", lamentou, ao sustentar que devem, assim, ao menos garantir a imunização completa, com as três doses. O pedido é que se vacinem, assim como imunizem seus idosos e suas crianças. "Que levem seus filhos", apelou. Há esperança de que os próximos dois ou três anos a população conviva em uma endemia, com casos mais pontuais de coronavírus. Mas isso só será possível com a vacinação.
Necchi comentou que, nesta semana, perdeu uma grande amiga para a covid-19, que estava internada em Porto Alegre. "Chega de tantas mortes: isso tem que acabar", asseverou. "Precisamos defender a vacinação", acrescentou, ao mais uma vez pontuar que, sobre os protocolos, as pessoas já sabem o que têm que fazer. Ao mesmo tempo, ele avaliou que a cobertura vacinal em Bagé pode sim ser considerada excelente. E revelou que mais de 100 mil pessoas têm a primeira dose, mais de 90 mil a segunda e mais de 40 mil a terceira. Entre as crianças, 85% do público-alvo, que é de cerca de 7,8 mil, já recebeu a primeira dose da vacina.
Necchi garantiu que mesmo quando os protocolos caírem, o que é esperado para ocorrer entre abril e maio, a população não deverá baixar a guarda e deverá seguir recorrendo à vacina. É a forma, lembrou o profissional, de evitar formas graves da doença. Atualmente, disse, tem ocorrido um óbito a cada dois dias, de pessoas bastante idosas e/ou com comorbidades graves e daquelas que não completaram a imunização, com a dose de reforço, a terceira. Por fim, Necchi reiterou que os protocolos seguem vigentes e podem ser determinantes para evitar a contaminação pelo coronavírus, tal qual a vacinação é determinante contra a forma grave da covid-19.
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