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Cátia Liczbinski

O G20 no Brasil e perspectivas para a sociedade

Ocorreu no Brasil o G20, Grupo dos 20, fórum internacional composto por 19 das maiores economias do mundo e pela União Europeia. Juntos, esses membros representam cerca de 85% do Produto Interno Bruto (PIB) global, 75% do comércio internacional e dois terços da população mundial. 

O grupo foi criado em 1999, como resposta às crises econômicas dos anos 1990. Inicialmente voltado para ministros das finanças e governadores de bancos centrais, o fórum passou a incluir líderes de Estado a partir de 2008, durante a crise financeira global. Isso ampliou seu papel de consultivo para decisório, fortalecendo a influência política do grupo.

O G20 é composto pelas principais economias mundiais: Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos, além da União Europeia. Em 2023, a União Africana foi incluída como membro permanente.

As finalidades estão relacionadas a: econômica global, discutindo sobre crescimento econômico sustentável, redução de desigualdades e estabilidade financeira; a resolução de crises, atuando como um espaço para diálogo e cooperação diante de desafios globais, como recessões econômicas, crises climáticas e insegurança alimentar, e a políticas para desenvolvimento sustentável, buscando estratégias de transição energética, mitigação das mudanças climáticas e desenvolvimento social.

A cada ano um país assume a Presidência do fórum, que é  Rotativa, definindo temas prioritários e organizando a cúpula anual, mas infelizmente ainda o Fórum  é não vinculativo, ou seja, as decisões do G20 não têm força de lei, no entanto estabelecem diretrizes e acordos políticos que podem influenciar políticas nacionais e globais.

Efetivamente, alguns resultados ocorrem perante a sociedade: iniciativas como a Aliança Global contra a Fome que buscam erradicar a insegurança alimentar em regiões críticas;    projetos de transição energética ajudam a ampliar fontes renováveis em países em desenvolvimento; investimentos em tecnologias limpas e compromissos com metas climáticas promovem impactos ambientais positivos; reformas e programas incentivam maior acesso a oportunidades para países em desenvolvimento e populações marginalizadas e Ações coordenadas evitam crises globais, como na resposta conjunta à crise financeira de 2008.

No dia 19 de novembro, durante o G20 no Rio de Janeiro,  o governo brasileiro, as Nações Unidas (ONU) e a Unesco firmaram um acordo para desenvolver e fortalecer pesquisas que combatam a desinformação sobre as mudanças no clima. 

A ação “Iniciativa Global para Integridade da Informação sobre Mudanças do Clima”, busca estimular e incentivar o papel dos jornalistas para o acesso a informações confiáveis e nos ajuda a entender informações científicas complexas. Para os órgãos, as fake news colaboram para o atraso em questões climáticas que são urgentes. O tema da desinformação é um que cada vez mais tem ganhado relevância nos fóruns internacionais. Temos agora a necessidade de integrar nessa agenda o assunto da inteligência artificial.

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