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Criminosos

Um dos transferidos para penitenciárias federais agia em Bagé

Grégori Bertó/Especial FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Operação envolveu todas as forças de segurança estadual e federal

A?Operação Império da Lei transferiu, ontem, sete detentos em posição de liderança nas principais organizações criminosas que atuam no Estado para presídios federais. Dois deles com circulação na região da Campanha. A Zero Online divulgou os nomes dos detentos e onde atuavam. Um deles comandava o crime nas cidades de Bagé, Dom Pedrito e São Borja. De acordo com a ZH, ele pertence à organização criminosa do Vale do Sinos e tem antecedentes por latrocínio, tráfico, homicídio e também por coação no andamento processual. O detento ainda deve cumprir pena de 50 anos, seis meses e 19 dias e está sendo encaminhado pela primeira vez para um presídio federal.

De acordo com a reportagem o outro que atuava em Dom Pedrito integra a organização criminosa da Bom Jesus, em Porto Alegre. Ele tem antecedentes por roubo a estabelecimento comercial, ameaça, tráfico, homicídio e coação no andamento processual. Ainda tem pena de quatro anos, um mês e 16 dias. É a primeira vez que ele é encaminhado ao Sistema Penitenciário Federal (SPF). 

Operação Império da Lei

Foi uma nova ação integrada entre as forças de segurança e poderes das esferas federal e estadual, com a participação de 300 agentes e o emprego de 30 viaturas e uma aeronave. De acordo com informações do governo do Estado, a ação dá continuidade às duas etapas da Operação Império da Lei que, em março e novembro de 2020, enviaram 27 líderes de grupos criminosos para estabelecimentos do Sistema Penitenciário Federal. Somadas as três etapas da operação, já são 33 presos transferidos para casas prisionais federais. A Operação Império da Lei 3 foi coordenada pelo programa RS Seguro, com ação das secretarias da Segurança Pública e de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo.

A partir do trabalho das áreas de inteligência para robustecer os relatórios da Polícia Civil, o Ministério Público Estadual (MP-RS), no interior do Estado, entrou com a solicitação para remoção de três dos transferidos. Um quarto será enviado para fora do Rio Grande do Sul a partir de representação feita pela Polícia Civil. Outros dois foram alvo de solicitação da Polícia Federal em processos da Vara Criminal Federal gaúcha. O último teve a transferência validada pela Justiça a partir de recurso do MP - ele teve a permanência no SPF negada no ano passado e, agora, retorna a partir da decisão do Judiciário que acolheu as razões apresentadas pela Promotoria Estadual.

Em respeito à Lei de Abuso de Autoridade, não será divulgada a identificação dos presos. Quatro deles integram organização criminosa originada na região do Vale do Sinos, dois ocupavam posição de liderança em quadrilha com base no bairro Bom Jesus, na capital, e um dos transferidos é ligado à organização criminosa situada na região Sul do Estado.

A Império da Lei 3 teve participação de 12 instituições estaduais e federais. Pelo Rio Grande do Sul, contou com a participação da Brigada Militar, Polícia Civil, Instituto-Geral de Perícias (IGP), Corpo de Bombeiros Militar, Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), Ministério Público e Poder Judiciário. Pela União, além do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), somaram-se esforços da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal .

Esquema rigoroso

O trabalho para a remoção e transferência dos presos começou na noite de segunda-feira, por volta das 22h, com a remoção dos apenados que seriam transferidos. Eles foram encaminhados a partir de diversas casas prisionais para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc).

Com todos os alvos reunidos, fechando o grupo de sete transferidos, foi iniciada a saída do comboio único de 30 veículos. Às 10h30min dessa terça-feira (27/7), as viaturas da Divisão de Segurança e Escolta (DSE) e do Grupo de Ações Especiais da Susepe (Gaes), do Comando de Policiamento de Choque (CP Chq) e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da BM, da PRF, da Polícia Civil, da PF e uma ambulância do CBMRS partiram da Pasc.

Em cerca de uma hora, percorreram o trajeto de 55 quilômetros até o Batalhão de Aviação da BM (BAV-BM), ao lado do Aeroporto Internacional Salgado Filho.

Além de toda a mobilização para o transporte, dias antes de deflagrar a Império da Lei 3 e durante a execução do plano, as forças de segurança reforçaram o patrulhamento em pontos estratégicos levantados pela área de inteligência da operação, em especial nas regiões de atuação dos transferidos.

Com o objetivo de ampliar a presença ostensiva e evitar reações, a Brigada Militar e a Polícia Civil ainda contam com as atividades da Operação Forças Integradas, com apoio da Susepe. A mobilização tem intensificado a presença policial preventiva, repressiva e investigativa em diversos pontos do Estado, a partir da estratégia de foco territorial do programa RS Seguro. 

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