Após 10 meses, aconteceu, nessa quinta-feira, a primeira sessão do tribunal do júri deste ano. Sentou no banco dos reús Jorge Ferreira Vieira. No depoimento, ele confessou que, no dia 5 de junho do ano passado, matou, a tiros, Roque Scherner, de 42 anos. O réu foi condenado a 15 anos em regime fechado.

Na ocasião do homicídio, o filho da vítima relatou, na Delegacia de Policia de Pronto-Atendimento, que um vizinho o informou que seu pai estava caído na estrada que dá acesso aos lotes do Assentamento Nova Querência, em Hulha Negra. O rapaz foi até lá e encontrou o pai com ferimentos de arma de fogo.

Scherner foi levado para a Santa Casa de Caridade Bagé em estado grave. No hospital, passou por cirurgia, mas acabou morrendo. Familiares da vítima falaram que a motivação que levou ao crime seria um desentendimento. Scherner estaria tendo um relacionamento, na época, com a ex- companheira do suspeito do crime.

O réu foi preso dias após ter cometido o crime e esperou o seu julgamento preso. Ele foi denunciado pelo crime de homicídio triplamente qualificado (é quando o autor comete o crime com requintes de crueldade). Vieira foi defendido pelo advogado Antônio Carlos Ramos e, na acusação, atuaram o promotor de justiça Frederico Lang, e, na assistência de acusação, a advogada Isabel Juliani Pintos. O advogado de defesa disse que irá recorrer da sentença.