Assassinato
Morto porque não quis devolver garrafa de cachaça
Luciano Madeira imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Residência abandonada onde o homem foi morto
No início da noite de quarta-feira Bagé registrou o primeiro homicídio do ano. João Augusto Leite Caldeira, de 41 anos, morador na rua João XXIII, bairro Getúlio Vargas, foi encontrado morto no interior de uma casa na rua dos Ferroviários.
A Brigada Militar foi avisada de que estava acontecendo uma briga na rua dos Ferroviários, esququina com a rua Jorge Abdala Kalil. Quando os policiais chegaram no local abordaram um homem de 20 anos. Ele falou para os brigadianos que tinha se envolvido em uma briga antes da chegada deles. Ele também contou que dentro de uma casa abandonada onde ele costumava passar a noite havia um homem dormindo - mas que não sabia se o mesmo estava vivo ou morto.
O policiais foram até a casa e encontraram Caldeira já sem os sinais vitais. O local foi isolado e a equipe do plantão da Polícia Civil acionou os técnicos do Instituto Geral de Perícias (IGP), que realizaram os levantamentos técnico e fotográfico. A equipe de investigação da 2ª Delegacia de Policia foi até o local. Os técnicos do IGP não souberam especificar o que ocasionou a morte de Caldeira.
Briga se estende até a casa
A titular da 2ª Delegacia da Polícia Civil, delegada Carolina Funchal Terres, conversou com a reportagem sobre o fato. Ela contou que a motivação do crime foi por causa de uma garrafa de cachaça. Segundo ela, os trabalhos da investigação já estão bem avançados e o crime praticamente elucidado. A delegada disse que o suspeito e a vítima, na noite de quarta feira, estavam bebendo na região da Rodoviária e começaram a brigar. Quando chegaram na casa abandonada, na rua dos Ferroviários, eles continuaram brigando por causa da cachaça.
Em depoimento, o homem de 20 anos alegou que Caldeira se negava a entregar a garrafa e foi nesse momento que ele começou a agredi-lo. A delegada relatou que o agressor disse que bateu muito na vítima.
Envolvido em outra briga
No início da noite de quinta-feira o suspeito estava bêbado novamente e se envolveu em outra briga. E foi com a chegada dos policiais que ele contou que havia uma pessoa na casa abandonada, mas não sabia se estava viva ou morta.
A delegada Carolina Terres disse que os peritos não souberam afirmar o que ocasionou a morte - mas no atestado de óbito consta que João Augusto Caldeira teve traumatismo craniano. "Algumas pessoas foram ouvidas e nos próximos dias devemos concluir o inquérito", falou a delegada.
Porque não foi preso
Ao ser indagada pela reportagem, mesmo que o homem tenha dito em seu depoimento que bateu na vítima, por qual motivo ele não foi preso, a delegada explicou que não houve flagrante e o suspeito não apresentava manchas de sangue na roupa ou no corpo.
Deixe seu comentário