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Avaliação

Delegado diz que leque de atuação da polícia é maior

Luciano Madeira imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Benites traçou um diagnóstico do ano de 2022

Na série de avaliações do ano, nesta edição, a entrevista é com o delegado regional de polícia, Luís Eduardo Benites. Com 33 anos de atuação, o profissional disse que o ano de 2022 foi bastante movimentado na área da Polícia Civil. Segundo ele, os primeiros meses foram preocupantes com o número de homicídios que aconteceram na parte intermediaria do ano. "Mas, graças ao trabalho e ações que foram feitas no ano passado, que repercutiram neste ano, foi possível constatar uma redução dos crimes de homicídios na cidade", assegurou.

Segundo ele, em 2017 foram 23 assassinatos e nos anos seguintes esses números vem caindo. O ano de 2022 está terminando com apenas cinco. "Nós estamos voltando ao patamar de 2015, em que Bagé estava, entre os 17 municípios menos violentos do Brasil, dados esses do Observatório da Criminalidade do Ministério da Justiça", pontuou.

Facções

Benites lembrou que, em anos anteriores, o crime organizado foi para o interior do Estado, com as facções disputando pontos de drogas e Bagé estava na rota. O delegado frisou que houve prisões e transferências de chefes de organizações criminosas da região, e que esses chefes que foram transferidos, alguns estão presos por envolvimento com o tráfico e também pela prática de homicídios, como mandantes de crimes em Bagé. "As prisões e transferências fizeram com que tenhamos essa redução significativa em relação as mortes violentas", acentuou.

Crimes no campo

Em relação aos crimes rurais, Benites ressalvou que aconteceram reduções pontuais, embora, com a chegada do final de ano, tenha uma tendência de aumento dos delitos de furto - principalmente de pequenos animais (ovinos). Na questão do abigeato, mas de modo geral, os grandes furtos que haviam sido registrados na região, a maioria está sendo elucidados, apontou o delegado.

Tráfico

Ao ser questionado se Bagé é porta de entrada para o tráfico de armas e drogas, Benites respondeu que a cidade tem a questão do tráfico, mas os registros de transporte de drogas em Bagé figura maioria como ponto de transição. Segundo ele, não é um ponto de comércio específico, porque o potencial mercado consumidor é bem mais restrito. O delegado comentou que existe um trabalho das delegacias, com apoio da Brigada Militar e da Polícia Rodoviária Federal, com a realização de inúmeras apreensões em Bagé e na região. Acrescentou que Bagé, por ser cidade de fronteira, enfrenta o problema de contrabando de defensivos agrícolas.

Reforço na segurança

Benites comentou que, ao longo de 2022, Bagé foi contemplada por parte da Secretaria de Segurança Pública com o recebimento de sete novas viaturas para a Polícia Civil - que estava necessitada de veículos. Além disso, recebeu novos armamentos, como, por exemplo, fuzil e pistolas.

Bagé tem sete delegacias da Polícia Civil e, questionado se o número de policiais é suficiente para atender a demanda , o delegado regional disse que o efetivo atual ainda não está no patamar desejado.

Benites argumentou que o leque da polícia é muito grande. "Hoje, atuamos nos casos de violência de gêneros, LGBTQI, idosos, animais, meio ambiente, crianças, que são objetos de abusos e violência sexual. As pessoas chegam na delegacia e querem ser atendidas por um policial, ou seja, muitas vezes um policial acaba sendo um psicólogo", salientou.

Aposentadoria

Luís Eduardo Benites disse que já está preparando a sua saída da Polícia Civil para curtir a aposentadoria . "Já estou arrumando as minhas malas e preparando tudo para os mais novos, mas ainda vou trabalhar durante 2023", garantiu.


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