Investigação
Assassino de advogada é indiciado por 11 crimes
Divulgação imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Delegada Daniela comandou os trabalhos
A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) encerrou a investigação sobre o assassinato da advogada Ana Laura Borralho de Borba, de 28 anos. O crime aconteceu na madrugada do dia 26 de junho.
Naquela ocasião, um casal discutia em frente a casa da família da vítima, localizada na avenida Marechal Floriano. Na tentativa de ajudar a mulher que era agredida pelo homem, pessoas que estavam na residência tentaram intervir. Com intenção de apartar a briga, a advogada pegou um revólver calibre 38, mas o agressor tirou a arma da mão dela e disparou cinco tiros na direção dos familiares de Ana Laura. Um dos tiros acertou a advogada. Ela morreu na hora.
A delegada da DEAM, Daniela Barbosa de Borba, informou que no curso da investigação diversas pessoas foram ouvidas, perícias foram solicitadas e levantamento fotográfico foi realizado.
O autor dos disparos, que foi preso em flagrante na madrugada do crime, ficou em silêncio e irá se manifestar somente em juízo.
Segundo Daniela, considerando a dinâmica dos fatos e o número de pessoas que se encontravam no local, o acusado foi indiciado por 11 infrações penais. Pela morte de Ana Laura, por homicídio quadruplamente qualificado. O inquérito indiciou o acusado também por duas tentativas de homicídio quadruplamente qualificado, quatro tentativas de homicídio triplamente qualificados, lesão corporal qualificada pela violência doméstica (com relação à companheira dele), dois crimes de lesão corporal contra familiares de Ana Laura e contravenção penal de vias de fato contra um familiar da advogada.
A delegada explicou que Ana Laura e outras duas mulheres sofreram tentativa de homicídio. Segundo ela, o feminicídio foi uma das qualificadoras levadas em consideração, já que os crimes foram praticados em razão da condição do sexo feminino e por menosprezo ou discriminação à condição de mulher. E as demais qualificadoras foram motivo torpe (algo considerado imoral, vergonhoso, repudiado moral e socialmente, algo desprezível) e recurso que dificultou a defesa da vítima. Daniela ainda representou pela manutenção da prisão preventiva do homem que está recolhido ao Presídio Regional de Bagé.
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