BAGÉ WEATHER

Sentença

Dupla é condenada por feminicídio

Márcia Sousa imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -

Nessa terça-feira, aconteceu o julgamento de Jean Carlos Vasconcellos da Luz, 35 anos, conhecido como Gordo Jean, e de Micael Barcellos Brás, 20 anos. Ambos foram para o banco dos réus acusados da morte de Cintia Dias Garcia, 20 anos. Ela foi assassinada a tiros no dia 25 de abril do ano passado. Após nove horas de júri, o preso Jean Carlos Vasconcellos da Luz foi condenado a 19 anos em regime fechado como mandante do crime. Já o réu Micael Vasconcelos Brás foi condenado a 15 anos, também em regime fechado, como autor do homicídio.

 Passavam das 10h quando começaram os depoimentos das testemunhas. O primeiro a ser ouvido por videoconferência foi um policial - ele está participando de uma ação em Quaraí. O policial contou que, no dia do crime, a polícia interceptou uma ligação telefônica de um homem que está preso na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC). Esse detento ligou para uma pessoa e falou: "O Jean mandou matar a Cíntia".

Outra testemunha, também policial civil, pediu para dar depoimento sem a presença dos réus porque se sentia desconfortável. O agente lembrou que, no dia do assassinato, a equipe foi acionada para atender uma ocorrência de um homicídio na zona Leste da cidade e que, ao chegar no local com outros dois colegas, encontraram Cíntia caída no quarto da casa já sem vida. Naquele dia, levaram algumas testemunhas para prestarem depoimento na delegacia, onde foi dito que o mandante teria sido Gordo Jean e que o motivo seria por ciúmes, porque ele não aceitava o fim do relacionamento com a vítima. Com as características repassadas pelas testemunhas, os policiais conseguiram identificar Micael, que teria sido quem matou a mando de Jean.

Testemunho do irmão

Um irmão de Cintia contou que, naquela noite, ele e outras pessoas estavam em uma janta na casa de um amigo de Cintia, quando dois homens arrombaram a porta da casa. "Nós corremos todos para um quarto. Um dos homens estava armado e efetuou vários disparos contra a minha irmã. Eu não consegui ver o rosto de quem matou a Cíntia", falou.

O irmão contou que Cintia conheceu Gordo Jean pelo Facebook, onde começou o namoro, que durou três anos. "Quando ela não quis mais o namoro, por ciúmes, mandou matar ela", sustentou.

"Eu vendo drogas"

Ao ser interrogado pela juíza, o réu Jean Carlos Vasconcellos da Luz alegou que vende drogas. Afirmou que não mandou matar ninguém. Depois, justificou que decidiu pelo fim do relacionamento e, quando o crime aconteceu, estava separado da vítima há três meses. Ao ser perguntado se ele conhecia o réu Micael , ele respondeu que sim: "Ele é meu amigo".

"Não matei ninguém"

Micael Barcelos Brás disse que, na noite do crime, estava em casa e só ficou sabendo que Cíntia tinha sido morta na manhã de domingo. "Eu não tenho nenhuma relação com esse crime", defendeu. Ao ser indagado se ele conhecia a vítima, respondeu que sim, porque, a mando de Jean, ele ia na casa de Cíntia levar dinheiro. "Não matei ninguém afirmou", afirmou.


Bagé estará inserida nos 16 anos da Lei Maria da Penha Anterior

Bagé estará inserida nos 16 anos da Lei Maria da Penha

'Frango' será julgado por tentativa de homicídio Próximo

'Frango' será julgado por tentativa de homicídio

Deixe seu comentário