O coordenador da Vigilância em Saúde, Geraldo Gomes, confirmou que Bagé tem um caso suspeito de dengue. Vale lembrar que já há um caso confirmado da doença - no dia 14 de abril, foi informado que um bageense, morador do bairro Mascarenhas, positivou para a dengue, mas o contágio não ocorreu em Bagé e sim em Santa Maria. O caso suspeito atual é de um morador do bairro Getúlio Vargas e não tem ligação com o confirmado, porém o contágio também ocorreu em Santa Maria.

Gomes esclareceu que a Vigilância aguarda o resultado do exame, que foi remetido ao Lacen. Contudo, já realiza o trabalho necessário diante de suspeita ou confirmação de casos de dengue. A atuação ocorre no entorno da residência do caso (num raio de 300 metros). Já está sendo feito, em síntese, a eliminação das larvas e dos focos de aedes aegypti. A próxima etapa é a aplicação do fumacê para eliminar aqueles mosquitos que estão voando.

O coordenador explicou que o fumacê mata apenas o mosquito em sua fase adulta. Ou seja, não elimina as larvas do aedes aegypti. Por isso, a primeira etapa é a eliminação delas. Também ocorre um trabalho de conscientização sobre a situação. E, um dia antes da aplicação do fumacê, os agentes comunicam à população (não há risco para humanos e animais de estimação). "A gente aplica o fumacê num raio de 300 metros onde tem esse mosquito vivo, porque é aí que ele tem o risco de picar (a pessoa doente) e transmitir a dengue", detalhou.

A orientação, quando é confirmada a aplicação do fumacê em determinado local, é que os moradores deixem suas casas abertas (janelas e portas). Gomes ressalvou que, neste caso, ainda será confirmada a aplicação. Porém, a Vigilância não aguardará o resultado chegar. "Se demorar muito (a chegar o resultado), a gente vai fazer a aplicação igual. A gente está no prazo ainda. Mas a gente faz a aplicação do fumacê porque é melhor fazer, antecipar, e, se for positivo, já ter feito a aplicação, do que ficar esperando um resultado do Lacen que demore muito, e daí não adianta", pontuou.