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Saúde

UPA registra mais de 300 casos de doença diarréica

Niela Bittencourt imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Orientação é que seja buscada ajuda em casos agudos

O Estado chegou a emitir um alerta, no início do mês de outubro, sobre a ocorrência de casos de norovírus. Com o registro de mais de 300 casos de quadros de diarréia, só na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA 24 horas), neste mês de outubro, é possível considerar que há um "pequeno" surto em Bagé. De acordo com o coordenador da Vigilância em Saúde, Geraldo Gomes, também houve procura nos postos. A região Norte da cidade é a mais afetada. Isso já foi identificado. Sobretudo o bairro Getúlio Vargas: é onde há mais casos. 

Gomes detalhou que houve uma grande e crescente demanda e a Vigilância passou a monitorar os casos. Isso para fazer um mapeamento e buscar identificar as possíveis causas dos casos. Estão sendo feitas coletas de materiais daqueles que procuram a UPA e a água também será analisada. A água, vale esclarecer, é um dos meios pelo qual ocorre a contaminação pelo norovírus. Vale esclarecer que o nível de cloro utilizado para tratá-la não consegue conter tal tipo vírus. 

Alguns municípios no Estado, inclusive, estudam ou já anunciaram que vão aumentar a quantidade de cloro utilizada. Porém, até agora, o Estado não conseguiu identificar a origem e a principal forma pela qual tem ocorrido a contaminação. No alerta epidemiológico do Estado, consta que a transmissão do norovírus normalmente ocorre através do consumo de água ou alimentos contaminados. Ainda conforme tal alerta epidemiológico, de acordo com a literatura, são reportados surtos de doença diarréica aguda, que tem como agente etiológico o norovírus, associados à ingestão de água potável devido à resistência desse vírus às concentrações de cloro aplicadas na água tratada previstas na legislação de potabilidade. 

Mas há outras formas de transmissão, como por meio do contato com aqueles que carregam o norovírus. Por isso, esclareceu Gomes, quem estiver com os sintomas deve ser isolado e evitar ter contato com as pessoas saudáveis. A contaminação também ocorre por meio do contato com superfícies contaminadas. Mais uma vez, a lavagem das mãos com água e sabão é a principal aliada, como esclareceu o coordenador da Vigilância em Saúde. 


"Não se trata de surto grave"

O secretário-adjunto de Saúde, o médico Ricardo Necchi, esclareceu que estes casos ainda não são confirmados como decorrentes de contaminação por norovírus. É por isso que ocorrem as coletas. Alguns exames de fezes - de pacientes que têm procurado pela UPA e pelos postos - têm sido remetidos ao Lacen. É o laboratório que irá verificar o agente etiológico, se é o norovírus. Necchi enfatizou que não se trata, ainda, de um surto grave ou extremamente significativo. E que casos de diarréia são comuns neste período do ano, com as estações mais quentes. Assim, ele ponderou que não quer dizer que todos esses casos sejam decorrentes de contaminação pelo norovírus. 


Sintomas

Além de diarréia, que pode ser aguda, o norovírus, que tem sido o responsável por surtos em municípios de todo o Estado, pode causar cólicas, vômito, náuseas e dor no corpo. Como destacou Gomes, não necessariamente o paciente apresentará todos estes sintomas e não obrigatoriamente terá diarréia. A orientação da Vigilância em Saúde é que aqueles que apresentem os sintomas busquem se hidratar com soro e, diante da severidade dos sintomas, busquem por ajuda médica. O Estado também orienta pelo repouso e aumento na ingestão de líquidos para evitar a desidratação, sobretudo em crianças e idosos. 


Hidratação vigorosa

O médico Ricardo Necchi pontuou que, diante de diagnóstico viral, não há nenhuma medicação específica. É preciso tratar os sintomas. A orientação é que em casos de diarréia ocorra uma hidratação vigorosa. Isso para evitar quadros de desidratação e consequentes problemas renais. Mas, afinal, como saber se a pessoa está hidratada? Necchi explicou que o paciente precisa atentar se tem urinado normalmente. Se não, deve, inclusive, procurar ajuda médica, porque poderá ser necessário que o soro seja administrado na veia. Sobretudo quando há quadros de vômito, a administração do soro na veia é necessária porque, ao ingerir líquido, a pessoa acabará vomitando e, assim, não se hidratará. 


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