Uma das inaugurações mais aguardadas pelos bageenses nos últimos anos entrou em ritmo de espera e não tem data para sair. A Radioterapia, apesar de pronta, ainda não foi entregue para a população. Entraves burocráticos impedem a abertura. 

É grande a expectativa dos bageenses pela abertura do serviço de Radioterapia, que irá funcionar em anexo a Santa Casa. Entretanto, a população ainda terá que esperar pela unidade que vai atender pacientes oncológicos de toda a região da Campanha e outras cidades do Rio Grande do Sul. 

Conforme explicou o administrador do hospital, Raul Vallandro, o que ainda impede a abertura são alguns entraves burocráticos. Eles são referentes ao credenciamento da unidade junto ao Sistema Único de Saúde (SUS). O profissional garantiu que a estrutura está pronta e aguarda apenas pela resolução dessa questão. “O serviço está pronto. Já foram enviadas todas as informações necessárias para o Ministério da Saúde via Estado”, garantiu. 

A informação mais recente que o hospital teve acesso é que foram solicitados novos dados. “A última informação que nós temos é que o Ministério da Saúde solicitou um estudo para o Estado em relação aos serviços de radioterapia que existem no Rio Grande do Sul”, informou. 

Além disso, Vallandro reafirmou que a Santa Casa cumpriu com todos os trâmites solicitados. “Todas as inspeções já foram feitas, todas as coisas já foram realizadas. Mas, temos que aguardar os trâmites do Ministério”, disse. 

Gastos 

Enquanto isso não acontece, a Santa Casa precisa arcar com os custos que já estão sendo gerados pela Radioterapia. 

De acordo com o administrador, desde o ano passado, quando prédio foi entregue ao hospital, é a Santa Casa quem banca os valores. “Desde o ano passado a Santa Casa está com as equipes contratadas, prontas, tendo custos com isso. A manutenção predial já é nossa desde que o prédio foi entregue. Todo esse custo a Santa Casa está absorvendo enquanto não conseguimos faturar nada, já que o serviço ainda não começou”, detalhou. 

Ainda segundo Vallandro, já há médicos, físicos, radiologistas e outros profissionais contratados para atuarem no local. “Isso era exigência para passar o credenciamento da Comissão Nacional de Energia Nuclear, da própria empresa que construiu o prédio, da empresa que colocou o equipamento. Tinha que ter equipes prontas e treinadas”, relembrou.