A situação em Palmas é de preocupação e desespero para os moradores, que enfrentam problemas recorrentes da falta de energia elétrica. Sempre após os temporais, que têm sido frequentes, o problema se agrava. Uma moradora relatou ao Folha do Sul que todos estão frustrados, já que isso se arrasta desde quando a Equatorial assumiu a distribuição de energia na área. Desde a semana passada, muita gente está sem luz, e há postes caídos sobre a estrada.  

“Faltou luz para toda a região e depois voltou para alguns”, contextualizou Marcia Colares. Ela destacou que, em alguns casos, a energia nunca chegou a retornar. Os relatos indicam um agravante: a comunicação tem sido severamente afetada, pois, com a falta de energia, os celulares descarregam e a população fica totalmente isolada. E há muitos idosos naquela região.  

Marcia mencionou que, embora os moradores não tenham deixado suas residências, frequentemente é preciso trazer alimentos, remédios e até idosos para a cidade, como no caso de sua mãe - sim, foi necessário que a idosa permanecesse dias fora de casa até que a situação se normalizasse. Tudo para garantir a segurança e o bem-estar. Márcia justificou a decisão: “Ficamos sem saber como estão os idosos que moram sozinhos, e não conseguimos chegar lá devido às condições das estradas rurais”, lamentou. 

O medo de acidentes dentro de casa é grande, mas também paira diante do perigo que representa um poste caído (em Bagé, uma tragédia ocorreu este ano por causa de fios energizados caídos). Neste caso, os moradores não têm certeza se os postes caídos estão energizados. “É  uma situação caótica, porque nunca temos segurança de poder contar com esse serviço", definiu Marcia. As consequências vão além da falta de luz; eventos e atividades que requerem eletricidade precisam ser cancelados ou adiados, pois não há confiança de que a energia será restabelecida.  

"Por exemplo, se vamos trabalhar com madeira ou algum reparo na casa, que precise usar furadeira, serra elétrica, às vezes contratamos uma pessoa, essa pessoa chega e não pode trabalhar", comentou. O clamor dos moradores de Palmas é claro: eles exigem soluções e um comprometimento efetivo por parte da CEEE Equatorial para garantir a regularização do serviço de energia elétrica, que é vital para a segurança e o bem-estar da comunidade. "Uma das piores situações é a falta de comunicação, porque temos idosos morando sozinhos e com esse tempo instável, ficamos sem saber como estão", reiterou. A reportagem entrou em contato com a assessoria da empresa, porém, até o fechamento desta edição não obteve nenhum retorno sobre os problemas apontados pela moradora.