Uma nova etapa no trabalho do Caminho da Luz iniciou na segunda-feira. A instituição começou oficialmente o atendimento do Centro de Atendimento em Saúde do Programa TEAcolhe RS, em parceria com o Governo do Estado. O primeiro atendimento foi na área de Psicopedagogia.  

Dentro das ações, uma outra novidade começou nessa quarta-feira, com as teleconsultas do médico neurologista infantil Felipe Kalil. Um dos profissionais mais conceituados no Rio Grande do Sul no diagnóstico e planejamento terapêutico do Transtorno do Espectro Autista, Kalil irá realizar 32 teleatendimentos por mês. O médico é PhD em Pediatria e Saúde da Criança pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS).  

O CAS TEAcolhe permitirá o atendimento a pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) dos seis municípios que integram a 7ª Coordenadoria Regional de Saúde (Bagé, Aceguá, Candiota, Dom Pedrito, Hulha Negra e Lavras do Sul). 

O Governo do Estado irá repassar um valor mensal de R$ 70 mil ao Caminho da Luz para custear o atendimento à população regional. Entre as especialidades ofertadas estão Psicologia, Neuropediatria, Psiquiatria, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Psicopedagogia, Serviço Social, Psicomotricidade e Fisioterapia. A instituição projeta cerca de 1,4 mil atendimentos mensais para, no mínimo, mais 150 pessoas. 

Baixa procura 

No entanto, apesar de toda a divulgação feita pela instituição e pelo próprio Governo do Estado em relação ao CAS TEAcolhe, a procura pelos municípios ainda é considerada baixa. Alguns sequer encaminharam assistidos pelo Sistema de Gerenciamento de Consultas (Gercon), da Secretaria Estadual de Saúde, que organiza de maneira mais racional, priorizando os casos mais graves. A equipe do Caminho da Luz que irá atuar no CAS TEAcolhe passou por um treinamento do sistema no mês de setembro. 

Pelo Gercon, o agendamento é feito pelo Estado em resposta às solicitações das Secretarias Municipais de Saúde. Um médico regulador dá prioridade aos casos mais graves e urgentes, não apenas à ordem de entrada dos pacientes no sistema. Um software faz então a marcação da consulta. 

"Acreditamos que o problema possa ter ocorrido pelos danos causados pelo granizo aos municípios da região da Campanha, não pelo fato de que temos poucos diagnósticos do Transtorno do Espectro Autista. Vamos aguardar mais alguns dias para ver como ficará essa situação", destaca o presidente do Caminho da Luz, José Artur Martins Maruri dos Santos.