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Conflito

Acesso de escola vira impasse e vai parar no plenário

Márcia Sousa imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Alunos da escola Carlos Kluwe realizaram protesto

Nessa quinta-feira, um grupo de alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Carlos Kluwe, popular Estadual, realizou um protesto que foi parar no plenário da Câmara de Vereadores. O grupo reivindica o acesso para a escola pelo portão localizado na avenida Tupy Silveira e ao auditório localizado na estrutura do Palacete Pedro Osório.

 O tema ganhou ampla repercussão nas redes sociais nos últimos dias após uma servidora da escola passar mal. De acordo com o relato da diretoria, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) teve dificuldades para acessar o estabelecimento, já que o portão estaria fechado e a entrada teve que ser feita pela avenida General Osório. Outro ponto levantado é que a escola teria tido o acesso ao auditório bloqueado.

 A comunidade escolar realizou, na manhã de ontem, uma caminhada pela avenida Sete de Setembro, que terminou na Câmara de Vereadores. A sessão que estava em andamento foi transformada em especial para ouvi-los. A diretora da escola, Berenice Machado, utilizou a tribuna para se manifestar. "Nós nunca negamos o acesso para a prefeitura. Mas agora temos cadeados. Nós estamos presos? São cerca de 1,1 mil alunos na escola. Uma pessoa passou mal, nós ficamos desesperados, poderia ter acontecido algo grave. Chegou em um ponto em que eu disse 'Chega!'. Nós só queremos respeito e que essas chaves não sejam só para o Corpo de Bombeiros e SAMU. Eu sou a diretora da escola", afirmou.

 Também foi ouvida a aluna Luísa Cabreira, representando os demais. "É extremamente ridículo não ter acesso para cadeirantes, ter que pedir autorização para poder utilizar um espaço que é da escola. É ridículo não poder utilizar o auditório. Eu entrei na escola em 2019, esse ano estou me formando e queremos o auditório para fazer a nossa formatura", declarou.

 A comunidade escolar alega que foi impedida de utilizar os espaços (portão e auditório) pelo gabinete do vice-prefeito, que compartilha dessas estruturas. Conforme as manifestações, as chaves dos espaços se encontram no órgão municipal, dificultando a utilização e acesso dos estudantes.

Contraponto

 Mais tarde foi aberta uma nova sessão especial para ouvir o vice-prefeito, Mário Mena. Ele alega que tentou o diálogo por diversas vezes para solucionar a questão, mas não obteve êxito. Além disso, ele sustenta que a estrutura é de gestão compartilhada entre o município e a 13ª Coordenadoria Regional de Educação (13ª CRE), ao qual a escola é subordinada. "A agenda do auditório pertence a 13ª CRE. Nunca impedimos a entrada no auditório", justificou.

 Sobre o portão e o acesso ao Palacete pelo auditório ele disse que a medida foi tomada para evitar a invasão de espaços. "Tem um funcionário ali para abrir o portão quando for necessário. E eu já autorizei que a chave seja dada ao SAMU. Essa medida foi tomada porque antes da pandemia alguns alunos evadiam a escola por dentro do gabinete. Ali é um local de trabalho, seja do gabinete ou da Secretaria, e tinha alunos cruzando pelos corredores", sustentou.

 A reportagem do jornal Folha do Sul também entrou em contato com a titular da 13ª CRE, a coordenadora Miriele Rodrigues. Ela afirmou que já há uma negociação aberta com o município para encontrar uma solução. "Ontem (quarta-feira) houve uma reunião com o prefeito para ajustar esse uso. Estamos agora por firmar esse termo de compromisso para a utilização dos espaços em conjunto, para garantir a acessibilidade dos alunos e em casos de emergência", informou.


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