Do Tribuna do Pampa 

O grande volume de chuvas que atingiu o Estado, ocasionando a maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul neste ano, deixou milhares de gaúchos sem moradias ou com residências comprometidas, transformando a realidade de comunidades inteiras, que ainda necessitam de apoio e auxílio para reconstruir suas casas. 

Visando contribuir de forma mais efetiva, surgiu o projeto Cimento Solidário, que vai auxiliar 300 famílias do meio rural do Estado para a construção das moradias, das regiões do Vale do Taquari e Vale do Rio Pardo, Sul e Norte do RS. A campanha visa fornecer o cimento necessário para a reconstrução das casas, gerando esperança e segurança as famílias selecionadas no Programa Minha Casa Minha Vida, mas que necessitam de contrapartida própria. 

Liderando a campanha, Hermelindo Ferreira, do Sindicato dos Mineiros de Candiota, explicou que a ideia surgiu do Grupo de Transição Energética Justa. “Por meio da campanha, solicitamos a contribuição de toda região com a doação de valores para a compra de cimento feito com cinzas de carvão mineralproduzido em Candiota pela Intercement. É uma forma de ajudarmos quem perdeu tudo com um produto da nossa cidade de Candiota”.  

A Campanha Cimento Solidário conta com o apoio do Banrisul – que forneceu por seis meses uma conta sem taxas para a Campanha, além da Prefeitura de Candiota, Câmara de Vereadores de Candiota, Sindicato dos Mineiros de Candiota, Sindicato dos Municipários de Candiota, Sindicato dos Eletricitários RS, Instituto Padre Josimo, Seival Sul Mineração (SSM), Associação do Comércio, Indústria, Serviços e Agropecuária de Candiota (Acisa) e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). 

DOAÇÕES 

O valor mínimo solicitado é de R$ 21,25, referente a meio saco de cimento, conforme valor de mercado. As doações devem ser feitas em dinheiro por meio de pix ou depósito bancário. Doações via pix são pela chave 53999639697 (Sindicato dos Mineiros de Candiota) ou depósito pela conta Banrisul (agência 0577; conta: 060650530-8 – Cimento Solidário Candiota). Cada família irá necessitar de uma média de 100 sacas de cimento. 

As arrecadações serão reguladas pelo Sindicato dos Mineiros e os valores arrecadados estarão disponíveis para verificações da comunidade. “Não há nenhum cunho político, somos um grupo unido em busca de auxiliar famílias mostrando a importância do carvão mineral”, frisou Hermelindo, explicando que a cada quantidade de valor arrecadado correspondente a uma carreta, será encaminhado as famílias por meio da Cooperativa de Habitação Camponesa, de Santa Cruz do Sul, mas com atuação em todo Estado, com acompanhamento do grupo de Transição Energética Justa. 

Frei Sergio Goergen, do Instituto Padre Josimo, complementa. “Os recursos federais são extremamente importantes, mas não serão suficientes. Essas famílias não têm condições de entrar com uma contrapartida e o cimento será muito importante. Sabemos realmente para onde o cimento vai, as famílias tem endereço, nome e sobrenome”, disse o frei. 

(box) 

FAMÍLIAS ATENDIDAS 

Através das doações, integram a lista, famílias dos seguintes municípios: 

Ametista do Sul (9 famílias) 

Arroio do Meio (27) 

Barros Cassal (36) 

Boqueirão do Leão (14) 

Canguçu (22) 

Canudos do Vale (6) 

Erval Seco (16) 

Gramado Xavie (9) 

Lagoa Bonita do Sul (11) 

Marques de Souza (5) 

Novo Barreiro (8) 

Pinhal (9) 

Progresso (14) 

Redentora (15) 

Rio Pardo (23) 

Sobradinho (24) 

Segredo (16) 

Travesseiro (6) 

Vera Cruz (30)