A Associação Brasileira de Angus repudia veementemente a admissão, por parte da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal, de Sugestão 30/2018, que prevê a proibição da exportação de gado em pé pelo Brasil. De acordo com a entidade, a medida fere a lei de mercado e o direito dos produtores de comercializarem seus produtos livremente.

Referência em qualidade de carne, a raça Angus envia, todos os anos, cargas expressivas de animais vivos a países do Oriente Médio, um mercado aberto graças ao trabalho de empresas e de produtores e que viabiliza riquezas e desenvolvimento ao campo e à cidade. É essencial que se diga que o processo respeita rigorosamente as regras internacionais de transporte de gado e atenta para as boas práticas de bem-estar animal.

Em seu site oficial, a associações afirma que o movimento popular que deu origem ao projeto em tramitação na Casa Legislativa demonstra o desconhecimento sobre os procedimentos adotados e sobre a própria atuação e importância da pecuária à sociedade brasileira. "Entendemos que cabe ao poder público o dever de deixar que o setor produtivo efetivamente produza, trazendo renda, emprego e divisas ao Brasil".

A Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) também se manifestou sobre o assunto. Por meio do site oficial, declarou sua posição contrária e de indignação à decisão judicial que prevê a proibição da exportação de gado em pé pelo Brasil. "A admissão da Sugestão 30/2018 na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal é um ataque à lei de mercado e aos direitos dos produtores de comercializarem livremente seus produtos".

A direção da ABHB disse que a exportação de bovinos vivos é uma prática regulamentada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que segue todos os procedimentos adequados, visando, especialmente, o bem-estar dos animais durante o transporte. Destaca a grande importância deste mercado para o desenvolvimento da cadeia produtiva brasileira do campo à cidade. " A ABHB reforça seu fiel compromisso em sempre defender os direitos dos produtores na comercialização de seus animais livremente".