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Repercussão

Comércio: aumento da inadimplência liga sinal de alerta

Niela Bittencourt imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Aciba defendeu que fim dos auxílios e inflação resultaram no endividamento

Diante dos números apresentados pelo SCPC, a reportagem ouviu o presidente da Associação Comercial e Industrial de Bagé, Ricardo Souza. Ele admitiu que o aumento da inadimplência gera uma preocupação e representa um sinal de alerta para o comércio, principalmente o varejista. "São pessoas que, negativadas, não têm acesso ao crédito e isso, logicamente, impacta muito nas vendas de vestuário, de calçados e, em alguns casos, até mesmo de alimentos", justificou.

O aumento da inadimplência é considerado significativo e representa o no endividamento das famílias. "É um sinal de alerta, um sinal vermelho. Deixa o comércio apreensivo, porque isso reduz o poder de compra das pessoas", pontuou. O presidente da Aciba diz acreditar que a elevação no número de famílias negativadas se deve, sobretudo, ao fim dos auxílios do governo, que foram pagos em 2020 e em parte de 2021.

Tais auxílios, lembrou, atingiam aqueles em maior vulnerabilidade: representavam um "alento para essas pessoas e, logicamente, parte dos valores era usada para quitação de dívidas". Ele continuou: "O final dos auxílios trouxe certa dificuldade para as famílias manterem o poder aquisitivo. E, principalmente, interpretamos que o processo inflacionário no custo daqueles artigos básicos - que as pessoas precisam pra sobreviver, como alimentação, energia elétrica, combustível, telefonia -, esse aumento linear, logicamente abalou profundamente a renda da dos consumidores".

Em síntese, ponderou Souza, as pessoas precisam de itens básicos e acabam não conseguindo saudar os seus compromissos pela redução da renda e pela alta nos valores desses itens, e isso resulta numa elevação de pessoas negativadas. "É uma preocupação. Devemos, nesse início de 2022, lidar com isso, porque ainda estamos vivendo um processo inflacionário, ainda estamos gerando, principalmente para aquelas pessoas em vulnerabilidade social, uma dificuldade maior de conseguir o seu sustento básico, e, logicamente, isso deve gerar nos meses seguintes, ainda, um aumento da inadimplência dos nossos consumidores. Isso traz uma preocupação muito grande ao nosso comércio", concluiu.

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