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Soja

Produtores da região estão otimistas para safra

Gesiel Porciúncula/Especial FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Colheita da oleaginosa está começando na região

O Estado apresentou as estimativas finais da safra de verão 2020/2021. A soja, que é uma das principais culturas da região, será o carro chefe da produção de grãos neste ano. No ano passado a região enfrentou uma estiagem severa com perda de mais de 50% nas lavouras de soja e, por consequência, prejuízos de grande monta para os produtores.

A reportagem conversou com lideranças do setor para saber quais as perspectivas para essa safra, levando em consideração as projeções otimistas apresentadas pelo Estado.

O diretor da Cerealista Coradini, Valmor Coradini, disse que a expectativa é muito grande depois dos números apresentados pelo Estado. "Claro que o Estado já colheu cerca de 20% da safra. Nós, aqui na região, colhemos, até o momento, 5% da produção", informa.

O empresário afirma que este ano?os produtores de soja irão recuperar os prejuízos do ano passado, pois a expectativa é por uma excelente safra. Coradini comenta que a empresa tem capacidade para receber um milhão de sacas de soja. "O caminhão descarrega aqui no engenho e nós já enviamos para o Porto de Rio Grande. Usamos muito o porto para escoar a produção aqui na região; somos a única empresa que trabalha com soja, os demais trabalham apenas com o arroz", enfatiza.

Preços atrativos

O presidente da Associação dos Agricultores da Região da Campanha (Agricampanha), Gesiel Porciúncula, observa que a safra recém está iniciando, mas acredita que na próxima semana vai ter um avanço significativo na colheita da oleaginosa. "A nossa expectativa?é que seja melhor que o ano passado. Quanto à produtividade, ainda não temos uma definição?porque foi uma chuva?meio que regional. Também teve regiões que faltou um pouco de chuva para definição", pontua.

Em relação aos preços,?Porciúncula conta que os valores internacionais tiveram um aumento de 50% em relação à safra anterior porque no ano passado a saca estava em torno de R$ 90 a 100, e hoje está girando na média de R$160. "São preços bem atrativos, e isso faz com que o produtor fique com expectativa de uma ótima safra e uma boa remuneração", acentua.

No que diz respeito às condições das estradas que são usadas?para o escoamento da produção, o presidente da Agricampanha comenta que a associação teve reunião com o secretário municipal do Desenvolvimento Rural, João Pedro Finger, que começou a atender os pedidos dos produtores. "Mas ainda?temos estradas que precisam de melhorias", ressalta.

Pioneiro no plantio

Um dos pioneiros??no plantio de seja em Bagé, o cruzaltense Idemar Aléssio,??disse que está no município há 43 anos e foi um dos primeiros??a plantar soja na Rainha da Fronteira.

Aléssio conta que em apenas duas ocasiões ele viu uma?safra de soja tão ruim,?que foi em 2014 e no passado. "Dois mil e vinte foi muito péssimo, mas acredito que esse ano seja bem melhor porque na colheita da soja precoce já tem produtor colhendo 60 a 70 sacas por hectare, isso nos cria uma expectativa muito grande", fala otimista.

No entanto, comenta?que em 20 dias?teve muita chuva, e isso acabou afetando um pouco. "Se analisarmos?que na colheita da soja precoce já estamos?com quase 80 sacas?por hectares, com certeza teremos uma bela safra" observa.??Em relação ao preço pago hoje pela saca, Aléssio avalia que isso é muito relativo, pois cada dia tem um preço, mas acredita que o preço vai ficar em R$ 160. 

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