O filme Bravos Valentes estreia, nos cinemas, no dia 30 de setembro (depois será disponibilizado na plataforma Globoplay): a produção apresenta quatro personagens - vaqueiros - e aborda não só uma das profissões mais antigas do Brasil, mas os diferentes territórios. O filme é assinado por Ralf Tambke, que registrou os dias dos trabalhadores, suas rotinas. E um dos cenários é o Pampa: à beira do Rio Camaquã, em Palmas, Afonso Manuel Collares da Silva, de 73 anos, fala sobre o orgulho da arte de camperear e sobre a herança dos povos Charrua. Isso ao lado do seu cavalo crioulo e de seus cuscos companheiros.

A sobrinha de Afonso, Márcia Collares, garantiu que todos estão na expectativa para o resultado das gravações que acompanharam. "Loucos para assistir", definiu. Márcia possibilitou um contato mais rápido com o morador costeiro, que não tem WhatsApp. Ela leu as perguntas da reportagem e gravou um áudio, onde o tio se apresenta ao Folha do Sul e aos leitores: "Aqui quem fala é Afonso Manuel Collares, com muito orgulho, um dos protagonistas do filme Bravos Valentes".

Questionado sobre a expectativa para a estreia do filme, disse que é grande, sobretudo para ver o resultado das gravações, em Bagé, no cinema (ainda não há confirmação se haverá exibições locais). "Tudo que nós passamos nas gravações, nas Palmas, agora quero ver nas telas do cinema. É um orgulho muito grande para mim representar o Rio Grande do Sul nesse filme", pontuou.

No filme, Afonso apresenta as lidas campeiras no Rio Grande do Sul. "Bem aquilo que, sem falsa modéstia, eu entendo e sei fazer. Porque eu vivo o dia a dia do homem do campo", sustentou, ao reiterar sobre a expectativa, que é muito grande de ver tudo aquilo que foi gravado na fazenda do Sossego, nas Palmas. "Eu, como protagonista, junto com outros companheiros", acrescentou, ao mencionar, por fim, Márcia. "Minha sobrinha e minha mimosa", definiu, ao lembrar que foi ela que possibilitou que ele estivesse nesse filme, por meio dos contatos feitos com a produção de Bravos Valentes.

Sinopse

Maria Eduarda, vaqueira do sertão pernambucano, Adelino, pantaneiro, Mato Grosso do Sul, Augusto Leal Filho (Nico) e Pedro Costa (em memória), vaqueiros marajoaras, Pará, e Afonso, campeiro dos Pampas Gaúchos. Entre eles, a relação com o lugar, com os bichos, com a liberdade e com a herança do ofício que se passou, por gerações. A história de um dos trabalhos mais antigos no Brasil, a partir do registro da braveza cotidiana da lida no campo.