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Caso Ceolin

Testemunhas são ouvidas no primeiro dia de julgamento

Luciano Madeira imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Previsão é que o júri dure três dias

Teve início, ontem, o julgamento dos réus Marcos Hozshuh Silva, Jorge Luís Ferreira Bejerez, Carlos Alberto Arce Silva e Eraldo Ojeda Soares. Eles são acusados de envolvimento da morte de Márcio Juliano Ceolin. Soares está internado na Santa Casa de Caridade de Bagé e irá prestar depoimento por videoconferência.

A sessão começou por volta das 10h com um fato atípico. Momentos antes do júri começar, faltou luz no fórum. Mesmo assim, a juíza Paula Ferraz, que preside os trabalhos, abriu a sessão e as duas primeiras testemunhas foram ouvidas.

A primeira e a segunda testemunha disseram que queriam depor sem a presença dos réus no tribunal do júri. A magistrada pediu para que os suspeitos de envolvimento no crime fossem retirados do local. A primeira testemunha contou que, na noite do crime, Ceolin estava em uma janta na sua casa e que, em determinado momento, sujou a camisa com refrigerante e foi para a residência dele trocar a roupa porque iria para uma festa . "Passados uns 15 minutos, eu vi que tinha ligações dele no meu celular. Quando cheguei na casa dele, já estava uma ambulância e ele já estava sendo socorrido", contou.

A segunda testemunhar a falar foi o motorista de aplicativo que, na época do crime, trabalhava como motoboy. Ele relatou que levou um homem três vezes sempre no mesmo local e que esse dizia que estava vindo de fora e tinha que pegar um dinheiro com o patrão. "E como o patrão não gostava que parasse na frente de sua casa, ele sempre pedia pra eu parar a moto na esquina", recordou.

A testemunha lembrou que, na noite do crime, ele novamente levou o homem até o mesmo local e, em questão dois u três minutos, ele voltou e disse: "Vamos para um bar na rua General Sampaio". O depoente acrescentou que chamou a sua atenção, desta vez, que o passageiro pediu para mudar o itinerário. Quando chegaram no bar, um homem, que esperava na porta, pagou a corrida . "Eu fiquei sabendo do crime porque, no outro dia, a Polícia Civil foi na minha casa e começou a fazer pergunta. Eu reconheci os dois homens na delegacia", acentuou a testemunha.

A terceira testemunha contou que ela e Ceolin eram amigos. Esse depoente fazia a parte contábil da empresa de Ceolin. "Na noite do homicídio, nós íamos para um bar que estava abrindo e, por volta das 22h45min, quando estava chegando na casa dele, o Ceolin me ligou e disse 'vem rápido porque me acertaram, eu levei um tiro'. Como a porta estava trancada, eu peguei uma chave de roda do meu carro e quebrei o vidro do postigo, mas não consegui abrir a porta, aí eu sai correndo e, na esquina, pedi ajuda a um ex-policial militar, que acionou a Brigada Militar e eu liguei para o Samu", detalhou.

A testemunha contou que Ceolin foi socorrido ainda com vida, mas que já estava bem desorientado.

Ex-mulher é ouvida

A quarta testemunha a prestar depoimento foi a ex- mulher de Márcio Juliano Ceolin. Ela, que está em Montenegro, foi ouvida por vídeoconferência . Contou que, no ano de 2006, ela foi até um estande do banco em que trabalhava e lá ingeriu bastante bebida alcoólica e que, na saída, Marcos Silva lhe deu uma carona e a levou para um barzinho que tinha no morro da TV, onde trocaram algumas carícias. Ao ser questionada pelo advogado de defesa do réu se eles tinham mantido relações sexuais, ela respondeu que não lembrava e que por volta das 3h, Silva a deixou em casa - e foi então que ela contou para o marido o que tinha acontecido entre ela e o réu.

Na parte da tarde, foram ouvidas as testemunhas arroladas pela defesa. Até o fechamento da edição, os réus ainda não tinham sido ouvidos.

 

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