BAGÉ WEATHER

Sentença

Crime no Ivo Ferronato resulta em mais de 17 anos de prisão

Luciano Madeira imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Os dois foram condenados ao mesmo tempo de prisão

Ândreo Silveira Guedes, 33 anos, e Rodolfo Rodrigues Gonçalves, 34 anos, foram condenados a 17 anos e seis meses de prisão em regime fechado. Eles foram julgados ontem pelo assassinato de Paulo César Ferreira Ribeiro e pela tentativa de homicídio de Sidnei Nunes Conde.

O crime aconteceu no dia 26 de janeiro de 2020, na rua Angelino Paleti Previtali, no bairro Ivo Ferronato. Ribeiro foi assassinado com 13 tiros.

As duas testemunhas arroladas pela promotoria - um policial civil e um brigadiano - pediram para depor sem a presença dos réus. Eles alegaram que ficaram incomodados com a presença deles. O primeiro a depor foi o policial militar.

Antes do crime

Ele contou que trabalhava no setor da inteligência da Brigada Militar. E que antes do dia do crime foram recebidas várias informações que no bairro Ivo Ferronato havia um movimento muito grande em relação ao tráfico de drogas. Segundo ele, dias antes do assassinato, os policiais prenderam a ex-mulher de Rodolfo Gonçalves pelo crime de tráfico.

Os réus acreditariam que Conde é quem tinha entregado a mulher para a polícia.

Dia do assassinato

O brigadiano disse que, no dia do crime, quando a equipe chegou no local, Paulo César Ribeiro já estava morto. E o corpo dentro de um carro.

O policial civil falou que, no dia do homicídio, a equipe de investigação da 2ª Delegacia de Polícia foi acionada para atender a ocorrência. Segundo ele, quando os agentes chegaram no local, Ribeiro já estava morto. Ele detalhou que o filho da vítima, no local, alegou que não tinha visto o crime, mas que sabia que seu pai havia ido até lá a pedido de Sidnei Conde. E apontou para os policiais o nome dos que mataram o pai dele.

"Fui eu que matei"

O primeiro a ser interrogado foi Rodolfo Rodrigues Gonçalves. Já começou dizendo que não sabia por que estavam acusando Ândreo Silveira Guedes. "Ele é meu compadre e não tem nada a ver com um crime que ele não participou. Fui eu que matei", confessou.

Gonçalves afirmou que a vítima chegou armada e atirando na casa dele. "Quando ele tentou fugir, eu dei o primeiro tiro ainda na rua e, depois, ele já estava no carro e eu dei mais uns oito ou nove tiros. Eu agi em legítima defesa. Mas eu nunca fiz nenhuma ameaça contra o Sidnei e a família dele", asseverou.

Durante o interrogatório, Ândreo Silveira Guedes falou que, naquele domingo, quando aconteceu o crime tinha ido até a casa do Rodolfo Gonçalves e que Paulo César chegou com um revólver em punho e atirando. "Eu me assustei e peguei as crianças e levei para o pátio. Estou sendo acusado de uma coisa que eu não fiz. A briga era entre o Rodolfo e o Paulinho. Estou aqui injustamente, talvez seja pelo fato de eu ser negro", apelou.

Ao ser questionado pelo promotor se ele conhecia o irmão do réu Rodolfo, Ândreo falou que sim e o promotor disse que, Marcelo, que é irmão de Rodolfo, contou em depoimento em juízo que viu quando o réu atirou na vítima Paulo César.

Vítima não encontrada

Sidnei Nunes Conde, que foi alvo de tentativa de homicídio, e a sua esposa, que testemunhou o crime, não foram encontrados pelos oficiais de justiça para serem intimados a comparecerem no julgamento.


Réus são condenados pelo assassinato de Carequinha Anterior

Réus são condenados pelo assassinato de Carequinha

Tribunal de Justiça marca julgamento dos recursos Próximo

Tribunal de Justiça marca julgamento dos recursos

Deixe seu comentário