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Sentença

Casal é absolvido do crime de aborto

Luciano Madeira imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Casal relatou o que aconteceu na noite do aborto

Nessa quinta-feira, aconteceu o julgamento de Artur Siqueira, 23 anos, e Lidiane Valin Stun, 24, que eram acusados de terem praticado um abordo e de terem enterrado o feto na estrada de Higienópolis. O fato aconteceu entre os dias 28 e 30 de agosto de 2017. No dia 30 de agosto, Siqueira foi até a estrada Higianópolis, onde enterrou o feto. Em relação ao crime de aborto, os dois foram absolvidos. Isso porque o Ministério Público pediu a absolvição por não haver provas no processo. Já pela ocultação do feto, Siqueira e Lidiane foram condenados a um ano de reclusão, mas a pena foi substituída, e o casal terá que pagar um salário mínimo.

O julgamento começou com o depoimento de duas testemunhas arroladas pelo Ministério Público e duas pela defesa. Por volta das 11h, a juíza Naira Melkis Pereira Caminha, que presidia os trabalhos, começou a interrogar Lidiane. Ela alegou que não sabia que estava grávida e, quando descobriu, planejou, junto com o namorado, ir até a cidade dos pais para contar sobre. "Essa gravidez ia mudar nossas vidas", falou.

A mulher relatou que, no dia 27, à noite, estava em casa com o namorado e começou a sentir dor na barriga. "Só tomei um remédio para dor e foi quando, horas depois, aconteceu o aborto de forma espontânea. Eu fiquei em choque e chamei o Artur, que estava no quarto dormindo. Quando ele entrou, também ficou em choque. Nós dois não sabíamos o que fazer e nem a quem procurar", se defendeu.

Lidiane contou que o feto ficou por dois dias dentro de uma sacola enrolado em uma coberta ao lado do colchão em que o casal dormia. "Aí o Artur disse que ia dar um jeito nessa situação. Eu amo criança", disse.

Ao ser interrogado, Siqueira relatou que, quando Lidiane o chamou, ele entrou no banheiro e viu o local com sangue e desmaiou. "Quando recuperei os sentidos, eu queria me matar com uma faca. Eu ia cortar os pulsos, mas a Lidiane me impediu", falou.

Segundo ele, o feto estava no vaso sanitário e os dois entraram em pânico. "Não sabíamos o que fazer, aí, na madrugada de quarta-feira, eu rezei e chorei bastante e decidi que a minha filha, porque o feto era uma menina, precisava de um enterro digno. Aí saí de casa e cheguei na estrada do Higianópolis, onde passei toda a manhã e, usando as minhas mãos, eu fiz o buraco e enterrei a minha filha", contou.


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