Belas Ar\tes
Monteiro assume o Imba e quer aumentar número de alunos
Tamile Padilha imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Diretor detalhou projetos e objetivos
O Instituto Municipal de Belas Artes (Imba) de Bagé, uma das mais tradicionais instituições culturais do município, está sob nova direção. Guilherme Monteiro, jornalista, artista, escritor, músico e produtor de eventos, assume a gestão com o objetivo de ampliar o alcance da instituição, que há 104 anos forma talentos na cidade.
Monteiro destacou como metas prioritárias a expansão do número de alunos, a criação de novos cursos e o desenvolvimento de projetos inovadores voltados à classe artística. Entre as iniciativas mais urgentes está a implantação da Caravana da Cultura, que levará oficinas de iniciação artística às comunidades dos bairros mais distantes. "Um dos projetos que devem ser estabelecidos imediatamente é a Caravana da Cultura, que vai proporcionar que as comunidades recebam oficinas de iniciação oferecidas pela equipe do Imba", detalhou.
Com início das aulas programado para os primeiros dias de março, o Imba, que atualmente atende 700 alunos, planeja ampliar sua oferta de cursos. Segundo o novo diretor, é um desejo do secretário de Cultura, Zeca Brito, garantir as rematrículas e ampliar as formações disponíveis. Entre as novas modalidades previstas estão flamenco, danças de salão, tango e danças tradicionais gaúchas. "Esse é um desejo do secretário Zeca: que a gente consiga garantir as rematrículas dos nossos alunos e consiga, já nesse primeiro momento, também ampliar a oferta de cursos", enfatizou.
Além disso, Monteiro mencionou a proposta de criação do projeto Estúdio Público Municipal, que promete expandir as atividades musicais do instituto e fomentar a produção artística local. Outro ponto central da gestão será a valorização do corpo docente. Monteiro ressaltou a necessidade de ajustes salariais para os professores, que enfrentam anos de defasagem. "É importante que a gente consiga fazer alguns pequenos ajustes, com sensibilidade e justiça em relação, por exemplo, aos professores, que estão [com salários] defasados há muitos anos. Isso vai se refletir na melhora da capacidade de dar aula mesmo", sustentou
Monteiro também busca desconstruir a imagem do Imba como uma instituição elitista, excludente "Existem lendas na cidade que dão conta de que o Imba é para poucos. Na verdade, não é. O Imba tem muitos bolsistas, pessoas diversas e ele quer chegar aos polos mais distantes da cidade, buscando convênios com órgãos da municipalidade, com escolas, com entidades privadas, que também fazem parte do eixo cultural", detalhou.
A nova gestão trabalha para estender as atividades do Imba ao Palacete Pedro Osório e sonha com a restauração do prédio do Clube Comercial, que poderá ser integrado às atividades do instituto. Monteiro enfatizou a importância do trabalho conjunto com parceiros como a Sociedade Espanhola, proprietária do prédio do Imba, e a Associação de Amigos do Imba (Amimba). "A gente tem algumas questões para adaptar nesse período. É um período inicial de muita doação, de muito amor estendido à casa, de muito carinho, e que isso faça valer também nas relações humanas. Esse é o principal objetivo nesse momento", finalizou.
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