Prisão
Facção queria cobrar mensalidade de proprietários de revendas
Divulgação imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Ordem era dada por presos de outras cidades
Na madrugada de sexta-feira, 10, uma ação conjunta entre a Brigada Militar e a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) resultou na prisão de um homem flagrado ateando fogo em um veículo em uma revenda de carros no bairro Getúlio Vargas, em Bagé. O crime faz parte de um esquema de extorsão contra lojistas de veículos, investigado pelas forças de segurança.
Durante as diligências, policiais de inteligência da Brigada Militar identificaram o suspeito próximo ao local que havia sido atacado na última terça-feira. O homem foi visto arremessando uma garrafa dentro da loja, atingindo uma caminhonete, que começou a pegar fogo. Um policial perseguiu e abordou o criminoso, que reagiu com um facão, atentando contra a vida do profissional. Um segundo policial chegou ao local para ajudar o colega, tendo que efetuar um disparo para conter o criminoso. Ele foi levado para o Pronto-Socorro, onde recebeu tratamento, até ser encaminhado para a Delegacia.
A partir da prisão em flagrante, a Polícia Civil e a Brigada Militar começaram uma série de diligências para identificar e encontrar os outros dois criminosos que realizaram o primeiro ataque na mesma revenda, bem como os demais envolvidos no crime. Um adolescente, de 14 anos, residente no residencial Charrua, confessou que foi recrutado por um homem, a mando de um detento, para colocar fogo naquela loja.
Ele aparece nas imagens que captaram o crime, filmando os outros dois indivíduos que jogaram os coquetéis-molotov. O terceiro participante foi encontrado no bairro Ivo Ferronato e confirmou aos policiais sua participação, dizendo que receberia droga como pagamento pelo crime. Foi identificado, ainda, um quarto participante, que fazia a intermediação entre os mandantes do crime que fazem as extorsões aos empresários.
O delegado Cristiano Ritta informou que quatro envolvidos foram identificados: três adultos e um adolescente. Também foram identificados os mandantes dos crimes, que são detentos do sistema penitenciário em Pelotas, Charqueadas e Caxias do Sul. As ordens são enviadas de dentro dos presídios para os telefones WhatsApp que os lojistas divulgam em suas redes sociais.
A Polícia Civil e a Brigada Militar reafirmam que todos os fatos serão investigados e duramente coibidos, com a prisão de todos os envolvidos.
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