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Limpeza da Catedral revela problema grave na cúpula

Niela Bittencourt imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Guindaste usado para limpeza chama atenção de quem passa

Falta bem pouco para o Dia de São Sebastião, no 20 de janeiro, santo que é o padroeiro de Bagé. E a Catedral de São Sebastião tem recebido toda a atenção nos últimos dias. Aliás, a presença de um guindaste chama a atenção de quem passa próximo ao prédio histórico, um dos cartões postais de Bagé.  

  

De acordo com Clori Peruzzo, presidente da comissão de restauro, os trabalhos realizados até agora consistem em limpeza e pequenos reparos, sem intervenções na estrutura. "Só arrumando aquilo que realmente está estragado para que o prédio não venha a sofrer maiores alterações”, explicou.  "Tudo vai ser pintado por dentro, a frente vamos pintar também", acrescentou. 

  

No entanto, durante a lavagem do prédio histórico, foi identificado um problema sério em uma das abóbadas. Segundo Clori, infiltrações causadas por vegetação no topo da estrutura comprometeram a parte traseira da torre esquerda. As raízes dos vegetais desplacaram a área e, agora, a água está infiltrando. Um engenheiro avaliou o local e constatou que o problema é grave, embora ainda não tenha afetado a estrutura. 

  

"Com o passar do tempo, começou a ter infiltrações. Nasceram muitos vegetais em cima e as raízes desplacaram atrás da torre. Então ela está infiltrando água e vai ter que ser recuperada", detalhou. "Esse é um trabalho que a gente só ficou sabendo agora, com a função da limpeza, da lavagem. E hoje (nessa quarta-feira) nós pedimos para um engenheiro subir lá para nos dar uma noção do tamanho do estrago. E ele nos apavorou bastante. Ainda vai fazer toda uma avaliação, mas ele disse que é bem sério o problema. Que não mexeu na estrutura, mas tem que ser refeita toda a parte de trás da torre do lado esquerdo", acrescentou. 

  

Os recursos disponíveis até o momento somam cerca de R$ 240 mil, oriundos de eventos e projetos da comissão, mas não são suficientes para cobrir o custo adicional estimado para a recuperação da abóbada. "Ao total, de eventos, foi R$ 80 mil e pouco, e mais R$ 160 mil de um projeto. Esse era o dinheiro que a gente tinha. Só que agora vamos ter que conseguir mais", elucidou. Ou seja, com esse novo problema, será preciso mais arrecadações. Clori garantiu que se não for possível finalizar em seis meses, o prazo será ampliado, mas o trabalho será concluído.   

  

Sobre a logística diante das festividades da novena do padroeiro, Clori explicou que as obras seguem durante o dia, mas são temporariamente interrompidas porque a igreja não para. Inclusive, isso também ocorrerá durante a novena. A estratégia que permite que as celebrações ocorram sem transtornos é simples: "Durante o dia seguem trabalhando, param, e aí tiramos o pó dos bancos". 


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