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Crítica

Para sempre Pantera Negra

Reprodução FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -

por Niela Bittencourt 


Pantera Negra 2 (Wakanda Forever) é um filme longo e é possível conferir, em quase três horas, excelentes atuações, bons efeitos visuais, vilão convincente, mas um protagonista fraco. São três os pontos altos do filme: a rainha Ramonda de Angela Bassett brilha. É, simplesmente, majestosa. Não há como não torcer para que ela assuma o manto não só de regente da nação de Wakanda, mas de seu protetor, o Pantera Negra. As cenas mais dramáticas dela emocionam profundamente.


Aliás, a carga dramática do filme o torna um entretenimento bastante diferente do seu antecessor. Ocorre que não poderia ser de outra forma com a morte do ator Chadwick Boseman e, na ficção, de seu personagem T'Challa. Os fãs mais envolvidos com o universo cinematográfico da Marvel com certeza, logo no início do filme, no mínimo, ficarão com a visão turva e com um verdadeiro nó na garganta. Vale dizer que a produção não errou o tom: foi extremamente respeitosa com o legado do Pantera não só em Wakanda, mas no mundo real.


O terceiro acerto crítico da produção é o "vilão" Namor. O visual de seu povo e o do próprio personagem são quase impecáveis. E como todo bom vilão necessita, Namor tem sua história muito bem contada nas telas. É possível sentir empatia por ele, inclusive. Infelizmente, a protagonista Shuri não convence. Sim, trata-se de um excelente personagem, e a escolha pelo seu destaque, é preciso dizer, foi nada arriscada para a produção da continuação - isso após a morte de Chadwick Boseman -, foi até natural. E, sim, o personagem ao longo do filme é bem construído, há um bom desenvolvimento. Porém, o manto parece pesado demais e aqui a afirmação nada tem a ver com os conflitos, dúvidas e inquietações que Shuri enfrenta nesse longo filme da Marvel.


A verdade é que, possivelmente, qualquer outra escolha teria o mesmo resultado. Isso porque o Pantera Negra de Chadwick Boseman não pode ser facilmente substituído e essa, é claro, nem foi a proposta nesse novo filme. Surge, enfim, uma nova heroína, que talvez no decorrer das próximas produções também construa um legado significativo dentro e fora das telas. É importante mencionar que Shuri tem um ar "cool" que combina e muito com a vibe de personagens recentemente apresentados nos filmes e séries mais recentes da Marvel. Vale, enfim, conferir Pantera Negra - Wakanda Forever nos cinemas, que encerra de forma extremamente digna mais uma fase da Marvel nos cinemas.

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