Mais de 40% dos universitários trancaram curso por não conseguir pagar
GOVERNO E CONGRESSO ESTÃO BUSCANDO A PAZ
É claro que um título de impacto causa certa desconfiança. Cabe a pergunta: "a que preço?" Quem acompanha o noticiário político sabe que “tudo tem um tempo certo quando o momento é de guerra” (plagiando, em parte, o samba do Zeca). E, claro, na política brasileira, estamos sempre em temporada de guerra. Tudo isso porque teremos eleição nas duas Casas Legislativas no próximo sábado, dia 1º de fevereiro.
Como já se sabe, o governo não conseguiu o que queria: comandar as duas Casas ou pelo menos uma delas. O próprio governo demonstra que já “entregou os pontos”. Leia a declaração de um dos membros do governo:
“Governo confia que terá melhor relação com Câmara e Senado, que estarão sob nova direção a partir de sábado. Deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e senador Davi Alcolumbre (União-AP) são os favoritos aos comandos das duas Casas.”
Isso quer dizer que o governo está fora da Mesa Diretora? Não. Existem muitas comissões importantes para dividir com os partidos. Padilha criticou a gestão federal anterior, que, segundo ele, tinha um "relacionamento tóxico" com o Congresso! Agora, estão apostando que a relação com o Congresso melhore.
O ano de 2024 foi marcado por atritos e críticas de líderes partidários à equipe de articulação política do Planalto. Sim, é verdade, mas depois houve um acerto com a liberação de recursos de emendas, que agora entrou na negociação. O Executivo teve de fazer adaptações para que as conversas com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), continuassem a resultar em matérias aprovadas na Casa.
Um desses casos foi quando o deputado bateu o pé e disse que não conversaria mais com o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais). Quem assumiu as negociações foi Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil. Em meio às críticas a Padilha, o presidente Lula saiu em defesa do ministro e o manteve na SRI.
No fim do ano, depois da aprovação do pacote de corte de gastos — que teve mérito dos líderes do governo no Congresso, na Câmara e no Senado, e dos presidentes das duas Casas —, Padilha saiu fortalecido. É dele, por exemplo, a responsabilidade de negociar com os ministérios a viabilidade de um pedido feito por Lula ao primeiro escalão na semana passada.
O presidente quer que os titulares de pastas que têm mandato de deputado ou senador se licenciem temporariamente para retornar ao Congresso e votar em Hugo Motta (Republicanos-PB) e em Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), os favoritos para vencer a disputa na Câmara e no Senado, respectivamente.
Então, dá para entender "a jogada" que propiciou a pergunta: "a que preço?"
Ao Correio Braziliense, Padilha se disse otimista com a nova fase do Congresso. Afirmou avaliar positivamente a relação com o Legislativo nos dois primeiros anos de governo. Ele argumentou que houve uma alta taxa de aprovação de projetos no período.
"Tenho certeza de que a parceria de sucesso do governo federal com o Congresso Nacional, nos dois últimos anos, que aprovaram medidas de prosperidade da agenda econômica e social, vai permanecer em 2025/2026. Essa parceria nos levou à maior taxa de aprovação de projetos desde a redemocratização", pontuou o ministro.
Então, no resumo final: vai faltar dinheiro no cofre do governo, os preços subirão, como já estão subindo, e vai sobrar para nós, consumidores brasileiros. Concordam?
Deixe seu comentário