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Sociedade de Pediatria avalia proibição dos celulares nas escolas

Isac Nobrega imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Orientação é para evitar dependência excessiva

Neste mês foi sancionada a Lei 15 100/2025, que restringe o uso de celulares e outras tecnologias nas escolas brasileiras. A medida visa proteger a saúde mental e física dos estudantes, promovendo um ambiente mais equilibrado para a aprendizagem. A nova legislação determina que os dispositivos móveis só poderão ser usados em sala de aula com um propósito pedagógico definido, exigindo um planejamento consciente dos professores para evitar distrações e garantir benefícios educacionais.   

Renato Santos Coelho, médico pediatra e membro do Comitê de Desenvolvimento e Comportamento da Sociedade de Pediatria do RS, alerta para os impactos negativos do uso excessivo de celulares por crianças e adolescentes. Segundo ele, esse fenômeno foi intensificado pela pandemia, quando o ensino remoto e o entretenimento digital se tornaram indispensáveis. Desde então, consultórios médicos registram aumento nos problemas de aprendizado e atrasos no desenvolvimento infantil.   

Estudos indicam que a exposição precoce a dispositivos eletrônicos pode retardar o desenvolvimento da linguagem, comunicação e habilidades cognitivas. Além disso, o uso excessivo das telas tem sido associado a dificuldades comportamentais, como irritabilidade e déficit de atenção. O médico ressalta que essas áreas do desenvolvimento infantil estão interligadas, de modo que prejuízos em uma delas podem afetar as demais.   

A nova legislação não se limita a restringir o uso de celulares, mas também propõe uma reflexão sobre o papel da tecnologia na educação. O objetivo é incentivar um uso mais consciente dos recursos digitais, equilibrando seus benefícios com os riscos ao aprendizado e ao desenvolvimento social dos estudantes.   

Para o profissional, a tecnologia pode ser uma ferramenta valiosa se utilizada com um propósito educacional bem definido. No entanto, o uso indiscriminado pode comprometer a qualidade do sono, prejudicar a atenção e afetar as interações sociais das crianças. Ele reforça que cabe à comunidade escolar e aos pais estabelecer limites saudáveis para o uso desses dispositivos.   

E a SPRS destaca que os pais têm um papel fundamental no uso responsável da tecnologia, servindo de exemplo para seus filhos. A entidade enfatiza que o equilíbrio no uso de dispositivos móveis é essencial para o bem-estar das novas gerações, evitando que a dependência excessiva das telas comprometa o desenvolvimento infantil.

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